O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer, nesta quinta-feira, que o Brasil tem dinâmica própria de crescimento e que o País tem "capacidade e velocidade de escape" para manter a decolagem na economia. "Estávamos em pleno voo, começando a decolar, quando fomos atingidos por essa onda (coronavírus). Mas temos capacidade econômica de produzir dinâmica diferente, não estamos sincronizados com economia mundial. Queda lá era inevitável", comentou.
Guedes também afirmou que analistas esperavam, antes do surto do coronavírus, uma alta de 2,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e que, com a eclosão da pandemia, essa previsão está sendo ajustada para baixo, para algo em torno de 2%. O ministro destacou medidas já em andamento que podem ajudar na economia brasileira, como a expansão na oferta de crédito pelos bancos públicos.
O ministro ainda voltou a reforçar a necessidade de aprovação das reformas que estão no Congresso, assim como das medidas que dão respiro ao aspecto fiscal. "Já mandamos umas 48 propostas, mas 16 são mais urgentes, destravarmos investimentos em saúde, saneamento, infraestrutura, logística, gás. Há uma série de propostas que podemos usar e acelerar nosso crescimento e reduzir impacto", destacou.
Questionado sobre sua afirmação de que, se ele fizesse muita "besteira" o dólar poderia chegar ao patamar de R$ 5,00, patamar que foi registrado nesta quinta-feira, o ministro afirmou que não se referia apenas a si mesmo, ou ao governo, mas também ao Congresso Nacional e à imprensa. "É um bom sentido em que eu usei isso de 'besteiras, de se fizermos besteiras'. Não era só eu, governo. Somos todos nós, o Congresso, o Senado, a Câmara, a presidência da República, os ministros, opinião pública informada pela mídia, todos nós somos responsáveis", finalizou.