O Nikkei sofreu um tombo de 4,41% em Tóquio, a 18.559,63 pontos, atingindo o menor patamar desde abril de 2017 e adentrando "bear market", o que significa que o índice acionário japonês acumulou perdas de mais de 20% desde seu pico mais recente.
Antes disso, a OMS declarou que a rápida expansão da doença pelo mundo já se configura como uma pandemia.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng caiu 3,66% em Hong Kong, a 24.309,07 pontos, encerrando o pregão também no menor nível desde abril de 2017, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 3,87% em Seul, a 1.834,33 pontos, patamar mais baixo desde agosto de 2015, e o Taiex registrou queda de 4,33% em Taiwan, a 10.422,32 pontos.
Na China continental, as perdas foram relativamente mais contidas, após sinalização de novos estímulos de Pequim. O Xangai Composto teve baixa de 1,52%, a 2.923,49 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto se desvalorizou 2,20%, a 1.818,56 pontos. Segundo comunicado de reunião do Conselho Estatal, a China vai reduzir os compulsórios bancários mais uma vez, a exemplo do que fez em janeiro, para impulsionar o crédito a pequenas e médias empresas afetadas pelo coronavírus.
O mau humor na Ásia prevaleceu apesar de esforços recentes de vários governos e bancos centrais para conter o impacto do coronavírus. Hoje, a expectativa é que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie uma série de medidas em reação à doença.
Na Oceania, a bolsa australiana, que já tinha entrado em "bear market", voltou a despencar nesta quinta, ignorando pacotes de estímulos anunciados pelo governo do país nos últimos dias. O S&P/ASX 200 caiu 7,36% em Sydney, a 5.304,60 pontos, menor nível desde novembro de 2016.