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Economia

- Publicada em 09 de Março de 2020 às 17:57

Circuit breaker é acionado em Nova Iorque; Dow Jones e S&P têm maior queda desde 2008

De qualquer modo, o recuo do petróleo concentrou boa parte das atenções

De qualquer modo, o recuo do petróleo concentrou boa parte das atenções


SCOTT HEINS/GETTY IMAGES/AFP/JC
Agência Estado
As bolsas de Nova Iorque fecharam a segunda-feira (9), com recuo acentuado, com os índices Dow Jones e S&P nas maiores quedas diárias desde 2008. Logo no início do pregão, houve paralisação por 15 minutos dos negócios, após o índice S&P 500 cair 7%, acionando o chamado "circuit breaker". Além da cautela com a disseminação do coronavírus e seus impactos na economia global, houve intenso foco no petróleo, que caiu fortemente após a Arábia Saudita cortar seus preços, em um impasse com a Rússia sobre a oferta. Com isso, papéis do setor de energia ficaram especialmente pressionados, embora as quedas tenham sido generalizadas.
As bolsas de Nova Iorque fecharam a segunda-feira (9), com recuo acentuado, com os índices Dow Jones e S&P nas maiores quedas diárias desde 2008. Logo no início do pregão, houve paralisação por 15 minutos dos negócios, após o índice S&P 500 cair 7%, acionando o chamado "circuit breaker". Além da cautela com a disseminação do coronavírus e seus impactos na economia global, houve intenso foco no petróleo, que caiu fortemente após a Arábia Saudita cortar seus preços, em um impasse com a Rússia sobre a oferta. Com isso, papéis do setor de energia ficaram especialmente pressionados, embora as quedas tenham sido generalizadas.
O índice Dow Jones fechou em queda de 7,79%, em 23.851,02 pontos. O S&P 500 recuou 7,60%, a 2.746,56 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 7,29%, para 7.950,68 pontos. O Nasdaq perdeu a marca de 8 mil pontos, enquanto, entre os integrantes do S&P 500, todos os setores registraram quedas superiores a 4%.
O coronavírus continuou a preocupar, embora o petróleo tenha ocupado o primeiro plano nesta segunda. A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que a ameaça de uma pandemia da doença se tornou real, mas que ainda vê o vírus como controlável. "Essa seria a primeira pandemia da história passível de ser controlada", disse o diretor-geral do órgão, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça.
De qualquer modo, o recuo do petróleo concentrou boa parte das atenções. A medida saudita de cortar seus preços, após no fim da semana passada a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) fracassarem na busca por um acordo para cortar a oferta por mais tempo, impôs aversão ao risco entre investidores. O setor de energia ficou especialmente pressionado, como as petroleiras Chevron (-14,47%), ExxonMobil (-12,22%) e ConocoPhillips (-24,84%).
Os bancos também tiveram quedas fortes, com os retornos dos bônus americanos em queda diante da maior busca por segurança e a expectativa de mais cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para apoiar a economia. Goldman Sachs fechou em baixa de 10,39%, JPMorgan cedeu 13,55%, Citigroup perdeu 16,17% e Bank of America, 14,39%. No setor industrial, Boeing caiu 13,40%, enquanto no de tecnologia Apple cedeu 7,91% e Microsoft, 6,80%.
A LPL Research afirma em relatório ver "evidência de venda por pânico pelo mundo", argumentando que a decisão saudita de "começar uma guerra no preço do petróleo" se soma a um quadro já de incertezas por causa do impacto do coronavírus.
Em meio ao mau humor, analistas divulgavam novas revisões sobre o crescimento, diante dos problemas causados pela doença e pela resposta das autoridades para tentar conter o surto. A Stifel, por exemplo, disse em relatório que a economia americana pode registrar contração no primeiro trimestre, com recuperação "em ritmo modesto", a depender da profundidade e da duração do impacto da doença.
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