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Economia

- Publicada em 05 de Março de 2020 às 11:18

Cautela Internacional contamina Ibovespa, que também foca notícias corporativas

No final da manhã desta quinta-feira, o Ibovespa caía 1,86%, aos 105.233 pontos

No final da manhã desta quinta-feira, o Ibovespa caía 1,86%, aos 105.233 pontos


NELSON ALMEIDA /AFP/JC
Agência Estado
A correção pela qual passam as bolsas internacionais também contamina nesta quinta-feira (5) o Ibovespa, que subiu 1,60% na quarta-feira (4), retomando os 107 mil pontos (107.224,22 pontos). Embora o movimento esperado seja de realização, surgem novas preocupações a respeito do coronavírus após relatos de impactos em empresas do setor aéreo e de que a Califórnia declarou estado de emergência depois de registrar a primeira morte por causa do vírus. Além disso, renovam-se temores quanto aos impactos sobre a economia global.
A correção pela qual passam as bolsas internacionais também contamina nesta quinta-feira (5) o Ibovespa, que subiu 1,60% na quarta-feira (4), retomando os 107 mil pontos (107.224,22 pontos). Embora o movimento esperado seja de realização, surgem novas preocupações a respeito do coronavírus após relatos de impactos em empresas do setor aéreo e de que a Califórnia declarou estado de emergência depois de registrar a primeira morte por causa do vírus. Além disso, renovam-se temores quanto aos impactos sobre a economia global.
Na bolsa, após alcançar a máxima aos 107.216 pontos, o Ibovespa caía 1,86%, aos 105.233 pontos às 11h15. Apenas IRB (4,20%) - após o tombo das ações de mais de 30% da véspera - , Klabin (0,32%) e BB Seguridade (0,23%). As ações da Petrobras têm queda superior a 1,5%. Investidores continuam preocupados com os desdobramentos sobre a economia mundial e as bolsas externas.
O analista Thiago Salomão, da Rico Investimentos, ressalta que o tom na Bolsa deve continuar sendo de instabilidade, com o interno acompanhando o externo. "Enquanto não houver algum solução, enquanto não houver um desfecho em relação ao coronavírus, a incerteza continuará. Quanto maior a incerteza, maior a volatilidade", diz.
Na quarta, os mercados tiveram alta forte, e hoje indica que passará por correção, essa deve ser a "tônica", estima Salomão. "A agenda do Ibovespa será a do S%P 500."
Na quarta-feira, Nova York fechou com valorização na faixa de 4%, com o democrata Joe Biden despontando como preferência do eleitorado na "superterça", em 10 dos 14 estados onde as prévias americanas aconteceram. O segundo lugar na disputa democrata é o senador Bernie Sanders, cujas ideias consideradas mais à esquerda não agradam ao investidor.
"O coronavírus volta a fazer preço. Passou o efeito Biden", afirma Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença DTVM, lembrando ainda dos impactos das medidas de estímulo anunciadas pelo Fed Federal Reserve, banco central dos EUA que ajudaram as bolsas a avançar na véspera.
Nem mesmo a realização de um segundo leilão de swap cambial foi capaz de alterar a tendência de alta do dólar, que segue na faixa de R$ 4,60. As principais taxas de juros também avançam, nas máximas, refletindo oferta de títulos pelo Tesouro Nacional para o tradicional leilão desta quinta-feira, além do dólar. Nesta manhã, mais instituições fizeram alteração em seus cenários.
O Banco Safra reduziu a projeção de IPCA 2020 de 3,5% para 3,3%, além de diminuir a estimativa para o índice de 2021, de 3,7% para 3,65%. Para o PIB, a expectativa foi alterada de 2,5% para 2,4% em 2021. O Banco Fibra reduziu a projeção de PIB de 2020 de 2,60% para 1,80%, mas elevou a de 2021 de 2,5% para 2,6%, e já vê IPCA em 2,90% este ano (de 3,0%).
Já o Bank of America (BofA) Merrill Lynch ajustou as projeções para a Selic e agora enxerga dois novos cortes, de 0,50 ponto porcentual em março e 0,25 ponto porcentual em maio, com a taxa básica de juros do Brasil encerrando 2020 em uma nova mínima histórica de 3,50%.
A onda de notícias desfavoráveis relacionadas ao surto seguem a todo vapor. Da Alemanha, veio o alerta de que a economia do país pode entrar em recessão em 2020 se o surto de coronavírus não for controlado rapidamente, segundo um relatório da Federação das Indústrias Alemãs (BDI, na sigla em inglês).
Ainda na Europa, a companhia regional Flybe entrou com pedido de falência devido ao vírus, enquanto a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, pela sigla em inglês) previu que as perdas de receita do setor em função da epidemia de coronavírus deverão ficar entre US$ 63 bilhões e US$ 113 bilhões em 2020. Por isso, atenção nas aéreas brasileiras na B3, que estão sofrendo os impactos da epidemia. E nesta manhã, o Ministério da Saúde informou que a contraprova do exame feito em adolescente de São Paulo deu resultado positivo, mas não preenche a definição de caso para o novo coronavírus.
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