O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Ernani Polo, recebeu na noite desta terça-feira (3), durante a Reunião das Diretorias da Federação e do Centro das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs/Ciergs), o documento denominado Custo RS. Elaborado pela Fiergs, ele identifica os 30 maiores entraves à competitividade do setor industrial gaúcho nas áreas de Relações do Trabalho, Tributação e Burocracia, Infraestrutura e Logística, Energia, Comércio Exterior e Meio Ambiente.
"Dividido em seis áreas, este documento traduz as dificuldades práticas que os empreendedores enfrentam. Para cada obstáculo, apontamos soluções e encaminhamentos, de forma a sermos propositivos na tão necessária e urgente mudança dessa realidade adversa", explica o presidente da Fiergs e do Ciergs, Gilberto Porcello Petry, na apresentação do trabalho.
Polo afirmou que a iniciativa da Fierg se soma a sua principal bandeira de gestão no Parlamento, que é melhorar a posição do Rio Grande do Sul no ranking nacional de competitividade. "O que vai mudar o nosso futuro é tornar o Rio Grande do Sul mais competitivo", avaliou, acrescentando que é necessário não só atrair novos investimentos como também manter os empreendedores investindo em solo gaúcho. O presidente da Assembleia defendeu reformas permanentes no governo e também disse que reduzir a burocracia deve ser uma missão constante.
Sobre a reforma tributária que o governo do Estado deve apresentar este mês, Polo comentou que o Parlamento estará atento para que eventuais alterações de alíquotas não prejudiquem a competitividade de setores da economia gaúcha.
Segundo o documento da Fiergs, de 2015 a 2019 o Estado caiu da sexta para a sétima posição no Ranking de Competitividade elaborado pelo CLP - Liderança Pública. Nesse período, o investimento público do governo do Rio Grande do Sul por ano, em média, foi de 2,8% da Receita Corrente Líquida, o pior resultado do Brasil. Esse detalhe, junto a outros como o fato de, entre os estados industrializados do País, o Rio Grande do Sul apresentar o maior custo operacional para as empresas em comparação às demais unidades da Federação (50,4%, contra 44,8% da média brasileira), coloca o Estado em posição de desvantagem nacional.