Após uma sequência de cinco dias de queda, as bolsas de Nova Iorque fecharam em forte alta nesta segunda-feira (2), com expectativas de que os bancos centrais das principais economias do globo atuem para combater os impactos do surto de coronavírus.
Trouxe novo fôlego aos investidores a à notícia de que ministros das Finanças e os presidentes dos bancos centrais do G7 realizarão uma teleconferência nesta terça-feira (3), para discutir uma resposta ao impacto do coronavírus na economia. Perto do horário de fechamento do mercado acionário americano, os ganhos aceleraram, após o presidente global de pesquisas da Pfizer, Mikael Dolsten afirmar que a companhia identificou componentes que possuem "alta probabilidade" de eficácia no combate ao vírus de Wuhan.
O índice Dow Jones fechou em alta de 5,09%, a 26.703,32 pontos na maior ganho de pontos em um dia desde 23 de março de 2009. O S&P 500 subi 4,60%, a 3.090,23 pontos e o Nasdaq avançou 4,49% praticamente estável em leve alta de 0,01% a 8.952,16.
Após o tombo dos últimos dias, as bolsas encontraram motivo para se reerguer, mas tiveram um dia de forte oscilação, com altas e baixas até o meio do dia (horário de Brasília) com investidores respondendo à notícias sobre o avanço do coronavírus com mais mortes nos EUA, ao mesmo tempo em que autoridades falavam sobre corte de juros.
Ainda pela manhã (horário de Brasília) 100% das apostas monitoradas pelo CME Group precificavam que o Federal Reserve (Fed) cortará a taxa de juros americanas em 50 pontos-base (pb) em março, movimento que deve ser acompanhado por outros bancos centrais. O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, e o diretor de Conselho Econômico dos Estados Unidos, Larry Kudlow, estariam a favor de um corte juros na próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), nos dias 17 e 18 de março, informaram fontes.
Ao longo do dia analistas já davam o corte de juros pelo Fed como certo. O grupo financeiro holandês Rabobank prevê ação agressiva do banco central americano, estimando três cortes até setembro, somando 150 pontos-base e levando os juros americanos para zero. "O Fed parece pronto para cortar juros em março", afirmam os estrategistas do Rabobank em Nova York. A próxima reunião de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) será dias 17 e 18, nos mesmos dias da reunião do Copom, aqui no Brasil.