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Economia

- Publicada em 19 de Fevereiro de 2020 às 03:00

Setor alimentício faturou R$ 700 bilhões em 2019

Consumo de carnes teve aumento de 11,1% no período, diz Abia

Consumo de carnes teve aumento de 11,1% no período, diz Abia


/CLAUDIO FACHEL/ARQUIVO/JC
O faturamento da indústria brasileira de alimentos e bebidas em 2019 foi de R$ 699,9 bilhões, valor 6,7% superior ao registrado no ano anterior, somadas exportações e vendas para consumo interno. As informações constam de relatório divulgado nesta terça-feira, pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).

O faturamento da indústria brasileira de alimentos e bebidas em 2019 foi de R$ 699,9 bilhões, valor 6,7% superior ao registrado no ano anterior, somadas exportações e vendas para consumo interno. As informações constam de relatório divulgado nesta terça-feira, pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).

De acordo com a entidade, a quantia representa 9,7% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). O desempenho do setor em termos de vendas reais registrou um aumento de 2,3%, a melhor taxa desde 2013, quando o resultado foi 4,2%.

Em 2019, sobressai-se a intensificação no consumo de carnes; derivados de cereais, chá e café; desidratados e supergelados (pratos prontos e semiprontos congelados e alimentos desidratados); e do grupo de diversos (molhos, temperos, condimentos, sorvetes e salgadinhos). Respectivamente, os aumentos foram de 11,1%, 5,6%, 4,9% e 3,4%. Por outro lado, verifica-se uma queda de alguns itens, como açúcar (10,8%), óleos e gorduras (4,7%), e derivados e frutas e vegetais (4,1%).

A indústria alimentícia, segundo a Abia, criou 16 mil empregos diretos, 3 mil a mais do que em 2018. O levantamento demonstra que o setor responde por quase um quarto dos postos gerados pela indústria de transformação do País, que equivale a 1,6 milhão.

Conforme ressaltou o presidente-executivo da Abia, João Dornellas, as vendas do mercado interno, que abrangem varejo e food service (alimentação preparada fora do lar), tiveram alta de 6,2%, superando o índice de 4,3%, de 2018. O food service, que, segundo ele, tem se expandido de maneira mais acelerada, cresceu 6,9%, e o mercado varejista, 5,9%.

Segundo Dornellas, os empresários do segmento estão confiantes, mas esperam que a retomada da economia seja "ainda mais rápida". "O Brasil continua sendo um mercado interno muito pujante. O Brasil exporta produtos industrializados alimentícios para mais de 180 países. Isso, por si só, significa uma chancela muito grande para a qualidade do produto brasileiro. Chegar a 180 países do mundo consumindo nosso produto fala muito bem da indústria de alimentos do Brasil", disse.

A China é, atualmente, o país que mais importa alimentos industrializados do Brasil. Somente no ano passado, o país asiático adquiriu 248,8 mil toneladas, volume avaliado em US$ 5,327 bilhões. Em 2018, foram US$ 3,304 bilhões. O que explica o salto de um ano para o outro, segundo a Abia, foi uma maior demanda por carne suína. Na lista de principais mercados para o Brasil estão, também, Holanda, Hong Kong, Estados Unidos e Arábia Saudita.

"Qual a nossa expectativa para este ano? Temos duas variáveis importantes. Primeiro, mantida essa taxa esperada pelo governo brasileiro de crescimento da economia e mantida a safra agrícola, pelo menos repetindo a safra que obtivemos em 2019, acreditamos fortemente que vamos crescer entre 2,5% e 3,5% em vendas reais. Temos motivo para acreditar nisso", disse Dornellas.

Quanto a um possível impacto do coronavírus nas negociações, Dornellas falou que observa uma "maior dependência" da China de produtos brasileiros do que antes da epidemia. "Porque, de modo geral, e a gente viu nas notícias, deu uma parada no campo, na produção, as pessoas ficaram em casa, o governo estimulou as pessoas a ficarem em casa. Então a demanda tem sido ainda mais crescente", explicou.

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