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Economia

- Publicada em 19 de Fevereiro de 2020 às 03:00

Economia gaúcha começa a desacelerar, afirma BC

Evolução da atividade refletiu resultados de todos os setores, especialmente indústria e agropecuária

Evolução da atividade refletiu resultados de todos os setores, especialmente indústria e agropecuária


/CLAITON DORNELLES/ARQUIVO/JC
A atividade econômica do Rio Grande do Sul começa a dar sinais de desaceleração, após ter crescido em ritmo superior ao do Brasil até setembro de 2019 em comparação ao mesmo período de 2018. A informação é do Boletim Regional do Banco Central (BC), divulgado nesta terça-feira (18), usando dados do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag).

A atividade econômica do Rio Grande do Sul começa a dar sinais de desaceleração, após ter crescido em ritmo superior ao do Brasil até setembro de 2019 em comparação ao mesmo período de 2018. A informação é do Boletim Regional do Banco Central (BC), divulgado nesta terça-feira (18), usando dados do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag).

Segundo o relatório do BC, a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho em 2019 refletiu melhores resultados em todos os setores da economia, especialmente na indústria e na agropecuária. Dados mais recentes, no entanto, sugerem redução no ritmo de expansão da atividade econômica - o IBCBR-RS (indicador do BC que serve como prévia do PIB) registrou estabilidade no trimestre encerrado em novembro, comparativamente ao finalizado em agosto, quando decrescera 0,1%. Em 12 meses até novembro, o IBCR-RS expandiu 1,8%, ante alta de 0,9% do IBC-Br.

Na região Sul, a atividade econômica avançou 0,1% no trimestre encerrado em novembro, ante o trimestre finalizado em agosto, quando houve alta de 0,6%, conforme a série dessazonalizada. De acordo com o BC, o nível de atividade na região "manteve processo de recuperação gradual ao final de 2019, refletindo resultado positivo no comércio, diminuição na produção fabril e apropriação de colheita menos favorável nas lavouras de inverno".

A instituição ponderou ainda que, na região, "o consumo das famílias deve permanecer estimulado pelos saques do FGTS, pelo retorno da inflação a patamar mais baixo e pela disponibilidade de crédito, em contexto de taxas de juros baixas". "Esse ambiente, aliado ao aumento da confiança dos agentes, tende a favorecer a atividade econômica."

O BC ponderou, sem citar diretamente o surto do novo coronavírus, que a desaceleração do crescimento mundial "poderá agravar o desempenho da região, que vem sendo negativamente impactado por reduções das compras da China e Argentina".

Segundo o BC, há um "ritmo mais sustentado" de crescimento da economia em todas as cinco regiões do Brasil. De acordo com a instituição, isso está refletido na maior disseminação das taxas de expansão das diversas atividades econômicas e do mercado de trabalho.

A avaliação da instituição é de que a economia brasileira continua em processo de "recuperação gradual", mesmo com aumento de incerteza no cenário externo. O BC ressalta as taxas de expansão em setores produtivos entre setembro e novembro, como nas vendas de comércio ampliado, com alta de 1,7% até novembro em comparação com o trimestre anterior.

Sobre o cenário externo, o BC destaca um aumento de incertezas, mas diz que o cenário está "relativamente favoravel" para economias emergentes, como a brasileira. "O cenário externo, apesar do recente aumento de incerteza, mostra-se relativamente favorável para as economias emergentes, em cenário de política monetária acomodatícia nas principais economias".

O relatório também citou um aumento nas taxas do mercado de trabalho, como a elevação no nível de emprego pelo décimo trimestre seguido. "O mercado de trabalho formal manteve trajetória de expansão, com elevação no nível de emprego pelo décimo trimestre em sequência, considerados dados dessazonalizados do Caged. Em todas as regiões, a criação líquida de postos de trabalho no trimestre finalizado em novembro ocorreu em volume superior ao de igual período de 2018."

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