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Economia

- Publicada em 18 de Fevereiro de 2020 às 03:00

Apoio à reforma tributária divide políticos e empresários

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lidera campanha favorável ao texto em discussão

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lidera campanha favorável ao texto em discussão


/EVARISTO SA /AFP/JC
Capitaneados pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), partidos de centro lançaram nesta segunda-feira (17) uma campanha a favor da reforma tributária. O vídeo, divulgado nas redes sociais, tem como mote a rejeição à volta da CPMF e a crítica a empresários que têm se posicionado contra à proposta que tramita no Congresso.

Capitaneados pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), partidos de centro lançaram nesta segunda-feira (17) uma campanha a favor da reforma tributária. O vídeo, divulgado nas redes sociais, tem como mote a rejeição à volta da CPMF e a crítica a empresários que têm se posicionado contra à proposta que tramita no Congresso.

Um dos destaques da propaganda é uma recente fala de Maia em que ele descarta a retomada do tributo sobre movimentações financeiras: "A única certeza que eu tenho é que não vamos retomar a CPMF na Câmara em hipótese nenhuma".

A peça enfatiza que, hoje, o pobre é mais tributado que o rico e que a reforma em discussão no Legislativo altera essa "característica nefasta da nossa sociedade". "Quem ganha mais vai pagar mais. Justo, né?", diz o narrador. O vídeo também ressalta o otimismo de Maia em relação ao cronograma do avanço da proposta na Câmara.

As mensagens têm destinatários: líderes dos setores de varejo, serviços, agronegócios e construção civil que se posicionaram contra a reforma. Eles também lançaram nesta segunda-feira, em São Paulo, um movimento para impedir que o projeto da Câmara avance. Um dos principais articuladores da frente é Flávio Rocha, dono da Riachuelo e conselheiro do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV).

Rocha lamentou que tenha sido disseminada a ideia de que todas as reformas são positivas. Para ele, a reforma da Previdência ocorreu porque a maioria das pessoas foi às ruas e pediu. Na visão do empresário, a proposta de reforma tributária reforma tributária em discussão no Congresso não vai melhorar o sistema. "Estão conseguindo piorar o impiorável", disse.

A proposta em discussão na Câmara é de autoria do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) e cria um imposto único, o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituiria um rol de tributos: IPI, Cofins, PIS/Pasep, IOF, Salário Educação, Cide (todos federais), ISS (que é municipal) e ICMS (que é estadual).

Os empresários têm defendido que a reforma pioraria o sistema tributário, ampliando a informalidade no mercado de trabalho e os preços entregues aos consumidores. A solução, de acordo com o grupo, seria desonerar a folha de pagamento e avançar na criação do imposto digital, que incidiria sobre transações financeiras, justamente nos moldes da antiga CPMF.

O presidente da Câmara disse acreditar na formação da comissão mista da reforma tributária nesta semana. Na semana passada, a secretaria do Congresso Nacional pediu aos líderes da Câmara e do Senado que indiquem "o mais breve possível" os integrantes do colegiado.

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