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Economia

- Publicada em 17 de Fevereiro de 2020 às 08:23

Carrefour usará aquisição do Makro para expandir Atacadão

Unidades do Makro devem ser convertidas em Atacadão em até 12 meses em Atacadão

Unidades do Makro devem ser convertidas em Atacadão em até 12 meses em Atacadão


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
Agência Estado
O Carrefour anunciou a compra de 30 lojas do Makro, por R$ 1,95 bilhão. Com o negócio, a gigante francesa de supermercados dá um salto na operação de atacarejo com a bandeira Atacadão e, somado com a abertura de 20 lojas prevista para 2020, ganha o equivalente a um ano e meio de faturamento numa tacada só, segundo o presidente do Grupo Carrefour, Noël Prioux. Já o Makro diz que vai focar sua atuação no mercado de São Paulo. 
O Carrefour anunciou a compra de 30 lojas do Makro, por R$ 1,95 bilhão. Com o negócio, a gigante francesa de supermercados dá um salto na operação de atacarejo com a bandeira Atacadão e, somado com a abertura de 20 lojas prevista para 2020, ganha o equivalente a um ano e meio de faturamento numa tacada só, segundo o presidente do Grupo Carrefour, Noël Prioux. Já o Makro diz que vai focar sua atuação no mercado de São Paulo. 
"Essa transação é o movimento mais importante para o Grupo Carrefour no Brasil desde a compra do Atacadão em 2007", afirmou, em comunicado, Alexandre Bompard, presidente do Conselho de Administração do Grupo Carrefour.
A negociação vai permitir maior atuação da rede no Rio de Janeiro, com sete lojas, e nos Estados do Nordeste, com oito lojas. O acordo envolveu, ainda, 14 postos de combustível. Para ser efetivada, a transação ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
As unidades adquiridas devem ser convertidas em Atacadão em até 12 meses. Com a "virada" da operação, essas lojas devem ter aumento de até 60% no faturamento, afirma Prioux. Dos R$ 62 bilhões que o Carrefour faturou em 2019, R$ 42 bilhões vieram dessa bandeira. O faturamento do segmento deve crescer R$ 2,8 bilhões com o novo investimento e o grupo vai aumentar de 187 para 217 as lojas Atacadão.
Das 30 unidades vendidas ao Carrefour, 22 eram de propriedade do Makro, enquanto 8 eram alugadas. O Carrefour teria a intenção de aproveitar ao menos parte dos funcionários do Makro nas lojas do Atacadão.
O Makro, que pertence ao grupo holandês SHV, não vai sair do País. O objetivo, segundo Roger Laughlin, presidente da companhia, é focar as operações em São Paulo, com 24 unidades. Com a venda das 30 unidades para o Carrefour, o Makro passa a ter 38 lojas. Laughlin afirma que a companhia negocia a venda de mais 14 unidades para outras redes.
O dinheiro do negócio, disse o executivo do Makro, será usado para modernizar as unidades paulistas, especialmente no que diz respeito à oferta de perecíveis. "É um novo negócio, praticamente um atacarejo", disse. "Temos massa crítica em São Paulo, e um bom market share (participação de mercado) relativo. Por isso vamos focar as nossas operações aqui."
Junto com a reforma das 24 lojas que continuarão com a marca Makro, a SHV pretende também acelerar a estratégia de atendimento ao mercado de alimentação fora do lar, o food service. Além disso, a companhia poderá abrir lojas menores, de cerca de um quarto do tamanho atual, cuja média é de 8 mil m².
Com um faturamento de cerca de R$ 7 bilhões, o Makro vinha organizando sua operação há alguns anos para uma venda. A companhia fechou lojas nos últimos anos e modificou sua operação, antes voltada apenas a atacadistas, passando a atender o público geral.
Mas analistas de mercado acham que a concentração de negócios em um número menor de lojas pode mais atrapalhar do que ajudar. Fontes dizem que fazer a "virada" do negócio com 24 lojas é bem mais difícil do que com o triplo desse tamanho, especialmente com escala menor de compra. Também redes como Atacadão e Assaí, do GPA, estão bem posicionadas no mercado paulista. 
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