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Varejo

- Publicada em 06 de Fevereiro de 2020 às 20:49

Lojas Renner lucra R$ 1 bilhão em 2019, aumento de 7,7%

Além de lojas no Brasil, empresa mantém operações no Uruguai e na Argentina

Além de lojas no Brasil, empresa mantém operações no Uruguai e na Argentina


LOJAS RENNER/DIVULGAÇÃO/JC
Com DNA gaúcho, mas cada vez mais adaptada aos diferentes sotaques brasileiros e capaz de falar até em outras línguas, a Lojas Renner parece imune às crises e dificuldades financeiras. Em 2019, mais uma vez, a companhia fechou o ano com resultados positivos. O lucro líquido da companhia superou R$ 1 bilhão, aumento de 7,7% na comparação com 2018. A receita líquida chegou a R$ 8,5 bilhões, alta de 13,2%
Com DNA gaúcho, mas cada vez mais adaptada aos diferentes sotaques brasileiros e capaz de falar até em outras línguas, a Lojas Renner parece imune às crises e dificuldades financeiras. Em 2019, mais uma vez, a companhia fechou o ano com resultados positivos. O lucro líquido da companhia superou R$ 1 bilhão, aumento de 7,7% na comparação com 2018. A receita líquida chegou a R$ 8,5 bilhões, alta de 13,2%
A companhia comemora mais um ano de boa performance nas vendas, com crescimento de 56,3% na margem bruta da operação de varejo. De acordo com o balanço publicado nesta quinta-feira (6) pela companhia, o ano de 2019 foi marcado pela consistência das coleções, eficiência das operações e pela adequada composição dos estoques.
Estes fatores, somados às melhorias implementadas na experiência de compras dos clientes, principalmente com a introdução de tecnologia em diferentes processos, levou ao crescimento do fluxo de clientes nas lojas da Renner.
"Além de ter sido um ano com margens operacionais próximas dos níveis recordes da empresa, também foi o primeiro de um novo ciclo estratégico da companhia - o Ciclo Digital", salienta o diretor administrativo e financeiro e de relação com investidores da Lojas Renner S.A., Laurence Gomes.
Um grande esforço para ampliar a presença da marca nos meios digitais foi feito ao longo dos 12 meses. O resultado foi um aumento de 52,8% nas vendas on-line em 2019 em relação ao período anterior. A relevância do Aplicativo também aumentou. "Ele foi o maior gerador de recompra entre os canais digitais, representando 33% dessas vendas e 45% dos acessos ao eCommerce", exemplifica o diretor da empresa.
A estratégia adotada, entretanto, não abre mão dos canais de venda tradicionais. Ela segue a tendência "omnichanel", em que a comunicação e venda online e off-line da empresa são integradas.
Além do eCommerce e aplicativo da marca, o grupo investiu também na experiência de compra nas lojas físicas. Foram implementados os modelos de Venda Móvel, em que os compradores podem fazer o pagamento no provador ou em qualquer local da loja e evitar as filas, o Pague Digital, em que o cliente faz o pagamento pelo smartphone, e os Caixas de Auto-atendimento.
O número de novas lojas abertas de um ano para outro também segue estável desde 2015. Em média, são 26 lojas físicas criadas a cada 12 meses. Em 2019, foram 52 novos estabelecimentos, o que inclui 29 unidades da Renner, nove da Camicado, nove da Youcom e da cinco da Ashua Curve & Plus Size.
Com ações negociadas na bolsa (B3) desde 2005, a Lojas Renner S.A. foi a primeira Corporation a abrir capital no Brasil. O grupo é composto por quatro marcas varejistas. Sediada em Porto Alegre, a companhia está presente em todos os estados do Brasil - por meio de 590 lojas da Renner, Camicado, Youcom e Ashua - e no Uruguai e Argentina, através de 13 lojas da Renner. A Renner representa 91% da Receita Líquida total da companhia.

Empresa gaúcha deve focar no mercado interno

Já presente no Uruguai desde 2018, o ano passado foi marcado pelo aumento no número de lojas no país vizinho e, também, pela extensão do seu raio de abrangência à Argentina. Apesar de ter investido na internacionalização nos últimos dois anos, Laurence Gomes, diretor administrativo e financeiro e de relação com investidores da Lojas Renner, nega que isso se repetirá em 2020. Segundo ele, não está nos planos chegar a mais um país.
O foco agora, diz o diretor, é compreender melhor as particularidades regionais de cada ambiente em que a Renner atua e continuar aproveitando as oportunidades de expansão, tanto nas grandes cidades quanto em municípios do interior. Antes muito focada na instalação em shopping centers, a Renner vem buscando alternativas devido à desaceleração no número de novos estabelecimentos desse tipo no Brasil.
Há algum tempo, as novas lojas têm migrado para as ruas. Essa tendência deve se manter este ano. "As lojas de rua e em cidades menores têm performado muito bem. No interior, inclusive, elas alavancam as vendas online nas cidades do entorno, seja para buscar a mercadoria na loja ou receber em casa", diz Gomes, ressaltando a importância de continuar oferecendo uma experiência sensorial completa aos clientes.
Além de atuar vendendo no mercado externo, a Renner também importa bens. Muitos deles vêm da China, onde a empresa mantém um escritório e cujo mercado passa por sérias dificuldades devido ao grande número de casos de Coronavírus. Embora a situação no país asiático seja preocupante, Gomes diz que não afeta em nada os estoques da empresa.
Responsável por 30% dos produtos importados pela companhia, a produção chinesa que abastece o grupo é principalmente de roupa de inverno, que já chegou ao Brasil. "Trabalhamos sempre com bastante antecedência devido ao feriado de Ano Novo chinês, por isso essas mercadorias já estão resguardadas. Por isso afastamos qualquer impacto na cotação de ações ou nos preços dos produtos", garante Gomes.