Os alimentos da cesta básica que moradores de Porto Alegre compram em supermercados e mercadinhos começaram o ano com preços em queda. O Dieese divulgou nesta quinta-feira (6) que a cesta teve queda de 0,66%. O valor ficou em R$ 502,98, frente R$ 506,30 de dezembro de 2019. Em 12 meses, a conta teve alta de 13,89%. A Capital gaúcha tem a terceira cesta mais cara entre as 17 localidades pesquisadas, todas capitais.
A carne, mesmo tendo uma leve diminuição, ainda tem gordura devido aos aumentos recentes. O quilo reduziu 0,83%, mas ainda acumula alta de 26,61% em 12 meses. Em janeiro, oito dos 13 itens subiram de preço na passagem de dezembro para janeiro.
Além da carne, tomate (-10,49%) e batata (-6,82%) baixaram de preço. Já as maiores altas foram de banana (5,93%) seguida por óleo de soja (5,72%), arroz (4,61%) e farinha de trigo (3,25%). Leite e pão, itens que costumam estar no café da manhã e lanches dos porto-alegrenses, não tiveram nenhuma mudança.
Em 12 meses, 11 produtos ficaram mais caros: carne (26,61%), banana (18,97%), óleo de soja (13,24%) e arroz (11,32%) acumulam percentuais acima de 10%. Apenas café (-6,73%) e feijão (-2,46%) têm queda.
Entre as capitais, a cesta de Porto Alegre é a terceira mais cara. São Paulo tem o maior custo, de R$ 517,51, alta de 2,17% em janeiro e 10,66% no ano. O Rio de Janeiro está na segunda posição, a R$ 507,13, queda de 1,89 frente a dezembro e elevação de 10,14% desde janeiro de 2019. Aracaju, capital de Sergipe, tem a cesta mais barata, de R$ 368,69, seguida por Salvador, a R$ 376,49.
Segundo o Dieese, o gasto para comprar os 13 produtos representou 52,62% do salário mínimo líquido, um pouco abaixo dos 55,14% de dezembro. O custo aumentou, pois o gasto representava 48,10% do salário em janeiro de 2019. Outra relação de trabalho e custo da alimentação é feita em relação à jornada de trabalho. Na Capital, foi preciso trabalhar 106 horas e 30 minutos para adquirir os alimentos básicos no mês.
Desde 1994, quando estreou o Plano Real, a cesta já subiu 654,66%, acima da inflação medida pelo INPC/IBGE que acumula 536,95%. O salário mínimo registrou alta de 1.503,64% (variação nominal).