A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (6), dois mandatos de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão para apurar desvio de valores do extinto Ministério do Trabalho. Um dos investigados pela ação é o ex-ministro da pasta, Ronaldo Nogueira, atual presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Nogueira dirigiu o ministério entre maio de 2016 e dezembro de 2017 no governo de Michel Temer (MDB, maio de 2016 a 2018), quando se demitiu para reassumir o mandato de deputado federal pelo Rio Grande do Sul e concorrer às eleições de 2018. Nogueira não foi reeleito.
A Operação Gaveteiro é cumprida em endereços residenciais do Rio Grande do Sul, no Distrito Federal, em Goiás, em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Norte, segundo a Política Federal. Em nota, a PF informou que está sendo investigada a contratação de uma empresa de tecnologia da informação, que teria servido de subterfúgio para desviar mais de R$ 50 milhões entre 2016 e 2018 da pasta. A empresa foi contratada pelo extinto órgão para detectar fraudes na concessão do seguro-desemprego.
Os envolvidos, de acordo com a PF, responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, falsificação de documento particular e corrupção ativa e passiva. As penas, se somadas, podem chegar a mais de 40 anos de prisão.
Com informações da Agência Brasil