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Economia

- Publicada em 04 de Fevereiro de 2020 às 11:28

Menor aversão a risco impulsiona Ibovespa; agenda de reforma fica no radar

Calmaria nos mercados internacionais beneficia toda a carteira do índice

Calmaria nos mercados internacionais beneficia toda a carteira do índice


NELSON ALMEIDA/AFP/JC
Agência Estado
A calmaria nos mercados internacionais após a China injetar recursos na economia permitiu abertura em alta do Ibovespa, que ontem fechou com valorização de 0,76%, aos 114.629,21 pontos. Esse cenário beneficia especialmente praticamente toda a carteira do índice, sobretudo as ações ligadas a commodities, que têm sentido consideravelmente os impactos do surto do coronavírus.
A calmaria nos mercados internacionais após a China injetar recursos na economia permitiu abertura em alta do Ibovespa, que ontem fechou com valorização de 0,76%, aos 114.629,21 pontos. Esse cenário beneficia especialmente praticamente toda a carteira do índice, sobretudo as ações ligadas a commodities, que têm sentido consideravelmente os impactos do surto do coronavírus.
Às 11h28min, apenas dois papéis do Ibovespa cediam (Energias BR e CCR). O índice, por sua vez, subia 1,34%, aos 116.169 pontos.
O minério de ferro, no porto chinês de Qingdao, subiu 4,21%, a US$ 83,76 a tonelada, nesta terça, e o petróleo também avança no mercado londrino e norte-americano, entre 1,65% e 2,45%, respectivamente.
O mercado ainda monitora a venda de ações da Petrobras pelo BNDES, na quarta-feira, oferta que tende a contribuir para colocar pressão adicional nos preços da petrolífera.
As ações da Petrobras aceleraram na manhã desta terça os ganhos após a intensificação da alta nas cotações do petróleo no exterior e, consequentemente, impulsionam o Ibovespa. Conforme fontes, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados - que formam o grupo conhecido como Opep+ - vê maior chance de reduzir a produção entre 800 mil bpd e 1 mi bpd adicionais. Ainda não descarta resposta mais agressiva ao coronavírus em produção de petróleo.
Quanto às medidas da China para tentar aliviar, após o Banco do Povo da China (PBoC) injetar ontem 1,2 trilhão de yuans em liquidez, hoje colocou 500 bilhões de yuans. "A injeção de recursos acalmou os mercados em relação ao coronavírus, e por isso está toda essa euforia. Aqui também deve haver reação, mas não sei se de forma considerável", observa um operador.
Os casos reportados do vírus na China, porém, permanecem em aceleração, mas os investidores mantêm o voto de confiança nas atuações do governo chinês, tanto no sentido de conter o surto como em limitar os danos econômicos, observa em nota o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria Integrada.
Conforme o economista, a alta das bolsas chinesas e a ligeira valorização do yuan forneceram base para a continuidade da recuperação dos mercados, após a tênue reação de ontem. As bolsas europeias avançam acima de 1%, bem como os índices futuros do mercado acionário dos EUA.
Quanto à produção industrial, que mostrou queda em dezembro e no consolidado de 2019, a visão é de que tende a reforçar a estimativa de recuo da Selic em 0,25 ponto porcentual, para 4,25% ao ano, no Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana. Na B3, pode ser mais um ponto a estimular uma eventual alta.
Entretanto, dúvidas relacionadas ao andamento das reformas podem limitar possíveis ganhos na B3, alerta o operador. "Não tem sinais de encaminhamento de reformas. Além disso, há indícios que a privatização da Eletrobras pode demorar ou até nem sair", cita.
Nos EUA, Campos Neto cita que o processo eleitoral também está no foco, no aguardo dos resultados das primárias de Iowa - que estão atrasados. Por ora, escreve o economista, os investidores não demonstram preocupação com o eventual avanço de Bernie Sanders, mas o tema deverá entrar gradativamente no radar, estima.
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