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Economia

- Publicada em 03 de Fevereiro de 2020 às 17:37

Petróleo fecha em baixa e entra em bear market, com temores sobre a demanda

O WTI ainda chegou a cair abaixo de US$ 50 o barril, atingindo na mínima do dia US$ 49,91.

O WTI ainda chegou a cair abaixo de US$ 50 o barril, atingindo na mínima do dia US$ 49,91.


JUSTIN SULLIVAN/AFP/JC
Agência Estado
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda, nesta segunda-feira (3). Destoando da recuperação em alguns mercados, como as bolsas dos dois lados do Atlântico, a commodity teve queda considerável, com investidores cautelosos sobre a perspectiva para a demanda, diante do surto de coronavírus e seus impactos na economia global.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda, nesta segunda-feira (3). Destoando da recuperação em alguns mercados, como as bolsas dos dois lados do Atlântico, a commodity teve queda considerável, com investidores cautelosos sobre a perspectiva para a demanda, diante do surto de coronavírus e seus impactos na economia global.
O petróleo WTI para março fechou em baixa de 2,81%, em US$ 50,11 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para abril caiu 3,83%, a US$ 54,45 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os dois contratos entraram em bear market, caracterizado por uma queda de ao menos 20% ante o pico mais recente, nos dois casos do início de janeiro, quando a commodity era apoiada pelas tensões entre Estados Unidos e Irã.
Nesta segunda-feira, o WTI ainda chegou a cair abaixo de US$ 50 o barril, em parte do pregão, atingindo na mínima do dia US$ 49,91.
O surto de coronavírus representa um risco para a demanda por petróleo. Segundo a Bloomberg, a China reduziu sua demanda por petróleo em 20%, com queda de 3 milhões de barris por dia em seu consumo total por causa da doença.
A informação, atribuída a fontes com conhecimento do setor de energia local, foi responsável por parte do mau humor. Além disso, alguns agentes cortaram projeções para o preço da commodity neste ano. O Citigroup reduziu previsão para o preço e previu recuperação na commodity apenas no quarto trimestre, segundo a agência americana.
Durante a manhã, o petróleo chegou a mostrar sinal positivo, em meio a relatos de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados poderiam fazer um corte adicional de 500 mil barris por dia em sua produção, por causa do impacto do coronavírus. Além disso, a Opep poderia antecipar sua reunião de março para 14 e 15 de fevereiro, embora não exista confirmação oficial disso.
Ao longo do pregão, porém, as preocupações com a demanda se sobrepuseram às notícias sobre o cartel e seus aliados. O dia foi ainda de dólar forte ante outras moedas principais, o que torna a commodity mais cara para os detentores de outras moedas e contribui para pressioná-la.
A sessão negativa foi registrada após uma jornada bastante negativa nas bolsas chinesas, na volta de um feriado que foi estendido por causa do surto de coronavírus. Nas bolsas de Nova York, o dia foi de recuperação, mas no mercado de petróleo a leitura negativa sobre o quadro para a demanda predominou.
Em nota, a Stifel vê um quadro de preocupações com o coronavírus e seus impactos, o que provoca movimentos de fuga de risco. A Oxford Economics, por sua vez, destaca em relatório que o forte declínio no crescimento chinês no primeiro trimestre já se reflete na queda do petróleo.
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