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Mercado imobiliário

- Publicada em 29 de Janeiro de 2020 às 21:30

Setor imobiliário de Porto Alegre espera retomada

Imóveis de dois dormitórios tiveram maior demanda em dezembro

Imóveis de dois dormitórios tiveram maior demanda em dezembro


MARCO QUINTANA/JC
As vendas de novos imóveis em Porto Alegre totalizaram 4.409 unidades em 2019, desempenho inferior em 3,97% na comparação com 2018, com 4.584 unidades. Por outro lado, foram lançadas 3.626 unidades, um aumento de 31,47% em relação às 2.758 lançadas no ano passado.
As vendas de novos imóveis em Porto Alegre totalizaram 4.409 unidades em 2019, desempenho inferior em 3,97% na comparação com 2018, com 4.584 unidades. Por outro lado, foram lançadas 3.626 unidades, um aumento de 31,47% em relação às 2.758 lançadas no ano passado.
Os dados, vistos como sinal de confiança na retomada do mercado imobiliário na Capital, foram divulgados em pesquisa feita pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS) e a Órulo, ferramenta de pesquisa de imóveis novos para corretores. Também a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), no fim do ano passado, indicou que, após 20 trimestres consecutivos de queda, o setor da construção mostrava sinais positivos.
"O momento é bom para comprar, muitos financiamentos estão com boas oportunidades de negociações", afirma Rogério Raabe, vice-presidente do Sinduscon-RS. Ele explica que um dos motivos para o setor não estar em recuperação maior é os problemas da economia local, que incluem questões salariais como atraso ou parcelamento dos pagamentos do funcionalismo. "Isso criou uma dificuldade de compra para determinada faixa de renda", afirma.
Entretanto, Raabe diz que a segurança financeira atual no sistema e as boas condições de financiamento dão maior confiança ao comprador, e a redução de juros permite a baixa das prestações. "Hoje até se prefere não ter uma euforia e, sim, uma estabilidade crescente em um mercado consciente, sabendo o que tem para comprar e o que pode ser comprado", avalia o dirigente.
Outro ponto que Raabe destaca como indicativo da retomada é o aumento de vendas de imóveis comerciais. "É uma sinalização de que as pessoas não só estão comprando residencial, mas estão começando a adquirir imóveis comerciais para seu uso ou investimento", avisa.
Em dezembro de 2019, conforme o Sinduscon-RS, foram comercializadas 300 unidades novas, sendo 263 residenciais e 37 comerciais. A velocidade de vendas nos residenciais, de 5,58%, foi inferior à registrada em novembro (7,08%). Já com relação às unidades comerciais, em dezembro a velocidade de vendas foi de 4,42%, superior à registrada em novembro de 2019 (3,73%). O Valor Geral de Vendas (VGV) destas 300 unidades foi de R$ 235,4 milhões, e o preço médio vendido por metro quadrado, considerando o valor de tabela, foi de R$ 9.954,00.
De acordo com a pesquisa, as vendas mais expressivas em dezembro de 2019 foram de apartamentos de dois dormitórios, com uma participação de 43,45% do total negociado. Depois, foram apartamentos de três dormitórios, representando 27,76%, e de um dormitório, com 27%. Para Rogério Raabe, a aquisição de apartamentos com mais dormitórios pode indicar um aumento no poder aquisitivo da massa de compradores.
Quanto ao estágio de obra, 19% das unidades vendidas em dezembro foram imóveis na planta, enquanto 25% estavam em obras e 56% eram concluídas. O estoque de imóveis novos à venda em Porto Alegre em 31 de dezembro de 2019 era de 5.549 unidades novas, distribuídas em 358 empreendimentos.

Confiança do empresário da construção é a maior em dez anos

O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), subiu 0,9 ponto na passagem de dezembro de 2019 para janeiro deste ano. Com o resultado, o indicador atingiu 64 pontos, o maior nível desde dezembro de 2010 e 10,2 pontos acima da média histórica.
A pontuação varia de zero a 100 pontos e, quando o indicador se situa acima de 50 pontos, isso significa que os empresários estão confiantes. A confiança no momento atual cresceu 1,7 ponto e passou para 57,3 pontos. Já as expectativas cresceram 0,5 ponto e chegaram a 67,3 pontos.
De acordo com a CNI, a alta foi puxada principalmente pela percepção da melhora das condições atuais da economia do Brasil. Os empresários também estão com mais intenção de investir. O índice de intenção de investimentos subiu 2,2 pontos em relação a dezembro e alcançou 44,4 pontos em janeiro, o maior valor desde setembro de 2014.
Também melhoraram os indicadores de situação financeira da empresa, de satisfação com a margem de lucro e de facilidade de acesso ao crédito.
Segundo o levantamento da CNI, os principais problemas enfrentados pelo setor no quarto trimestre do ano passado foram a elevada carga tributária (apontada por 42,7% dos empresários), excesso de burocracia (28,7%) e demanda insuficiente (27,6%).