O mercado de trabalho com carteira assinada no Rio Grande do Sul terminou 2019 com saldo positivo e melhor marca desde 2014. Foram criados 20.426 postos, que foi a diferença entre admissões e demissões no ano passado. Foram 1,1 milhão de contratações contra 1,08 milhão de dispensas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.
O saldo superou levemente 2018 - quase 200 postos a mais, ou 0,8%, acima das 20.249 admissões a mais que demissões, depois de três anos com retrospecto negativo. O fundo do poço do mercado formal gaúcho foi em 2015. Naquele ano, foram fechados 95.173 postos com carteira, movimento que foi perdendo velocidade em 2016, quando foram fechadas 54.384 vagas, e em 2017, que registrou 8.173 postos ainda negativos. O ciclo de três anos foi pautado pela recessão, com queda na atividade, principalmente a industrial.
O mercado nacional também terminou o último ano no azul, com saldo de 644 mil postos com carteira assinada. Foi a maior abertura de vagas formais no País desde 2013, informou o ministério. Foram 16.197.094 admissões e 15.553.015 demissões ao longo do ano.
No Rio Grande do Sul, os serviços puxaram o desempenho positivo. Foram 18 mil vagas no saldo entre contratos e demissões, alta de 1,82% frente a 2018. Os setores de administração de imóveis e valores mobiliários (investimentos) puxaram as contratações. O comércio veio logo depois, com quase 8 mil postos positivos, elevação de 1,33% ante o resultado de dois anos atrás. A agropecuária ficou quase no empate, com uma folguinha de 222 postos entre admissões e demissões (0,26% a mais no saldo de 2018).
A indústria fechou o ano no saldo negativo, com 2,3 mil vagas cortadas a mais que o que foi gerado de emprego. Com isso, teve queda de 0,36% ante o desempenho de 2018, que havia sido de mais contratações.
O ano positivo no mercado de trabalho teve um desfecho menos animador. Dezembro registrou saldo negativo, com
18.688 demissões a mais que admissões no Rio Grande do Sul. O que foi alentador é que o saldo foi o menor desde 2015, quando mais de 34 mil demissões foram registradas. Em 2018, o volume caiu a 22,2 mil postos com carteira assinada. A agropecuária foi a que teve maior percentual de dispensas, 5,27%, fechando 4,7 mil vagas. Logo depois vieram a indústria de transformação e a construção civil foram as que mais dispensaram, somando as duas 13.114 postos cortados.