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Conjuntura

- Publicada em 27 de Janeiro de 2020 às 03:00

Reformas administrativa e tributária devem andar juntas

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste domingo, que é preciso aproveitar o tempo para aprovar as reformas tributária e administrativa, e indicou que pode enviá-las juntas ao Congresso Nacional. "A reforma administrativa está praticamente pronta, falta só conversar a última palavra com o Paulo Guedes. A tributária é importante também. E tem que aproveitar, né, porque tem eleições municipais e, a partir de junho...", comentou o presidente após chegar ao hotel em Nova Délhi, com a delegação que o acompanha na missão à Índia.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, neste domingo, que é preciso aproveitar o tempo para aprovar as reformas tributária e administrativa, e indicou que pode enviá-las juntas ao Congresso Nacional. "A reforma administrativa está praticamente pronta, falta só conversar a última palavra com o Paulo Guedes. A tributária é importante também. E tem que aproveitar, né, porque tem eleições municipais e, a partir de junho...", comentou o presidente após chegar ao hotel em Nova Délhi, com a delegação que o acompanha na missão à Índia.
Perguntado se enviaria as duas reformas juntas após o fim do recesso - no início de fevereiro -, Bolsonaro respondeu que "pode ser". "Não tem problema nenhum." O presidente também criticou a complexidade da carga tributária no País. "Fiquei 28 anos dentro da Câmara e nunca chegou uma reforma tributária até o final porque não atende ao Estado, ao município ou à União. Não atendendo a nenhum dos três, como ninguém quer perder nada, acaba todo mundo perdendo muito e o Brasil continua nesse cipoal tributário que dificulta produzir, empregar e encarece exportar", comentou.
Em sua fala, o presidente reafirmou a necessidade de reduzir os impostos e destacou que estados e municípios têm autonomia e independência para alterar alguns impostos. "Não culpe só a mim." A respeito de possíveis mudanças, ele disse com uma comparação automobilística. "Não entendo nada de economia. Contratei um Posto Ipiranga. Não vou contratar o Nelson Piquet para trabalhar comigo, botar do lado e eu dirigir o carro", afirmou em referência ao ministro Paulo Guedes.
Bolsonaro também repetiu o discurso de que é preciso defender o empregador no Brasil e promover a desburocratização. "Se não defender o empregador, não tem emprego para ninguém", afirmou. "Quem quer ser patrão? Tem que ser herói ou faltar um parafuso na cabeça dele. Então tem que fazer o máximo possível para facilitar a vida de quem quer empreender", afirmou.

Bolsonaro confunde impostos e diz que redução quebraria indústria

O presidente Jair Bolsonaro confundiu três vezes tarifas de importação com impostos sobre empresas durante visita oficial à Índia, afirmando que redução de impostos poderia quebrar a indústria brasileira.
Indagado sobre a possibilidade de reduzir impostos para as empresas no Brasil crescerem mais, como vem acenando o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou: "O Guedes já me disse que, se fizer de uma hora para outra, ele quebra a indústria nacional", disse. "E imposto não é só o governo federal. Temos os estaduais e os municipais."
A pergunta foi repetida, e, de novo, Bolsonaro disse que tem conversado com Guedes e que não é possível reduzir de uma hora para outra. "Se reduzir de uma forma abrupta, você vai quebrar, vai desnacionalizar... Agora, a carga tributária do Brasil é um absurdo. Mas não culpe só a mim - os estados têm independência e autonomia para mexer no percentual dos impostos. É bastante complexo."
O jornalista persistiu. "Mas o senhor não acha que, se reduzirmos o imposto sobre as empresas, elas vão é aumentar o investimento?" "Olha, a gente sempre busca industrialização, tendo preferência sobre importação, esse é o objetivo final, mas se for devagar, dá para diminuir... Você viu a briga dos EUA com a China?", disse o presidente brasileiro. "Ou seja, o senhor não está falando sobre os impostos sobre as empresas, mas sim sobre os impostos de importação", acudiu o repórter. "É, os impostos são muito caros no Brasil..."