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Política

- Publicada em 25 de Janeiro de 2020 às 15:22

Fórum das Resistências encerra com ato contra a guerra e em solidariedade às vítimas de Brumadinho

Integrantes do Comitê de Combate à Megamineração realizaram ato na Redenção

Integrantes do Comitê de Combate à Megamineração realizaram ato na Redenção


MARCO QUINTANA/JC
Adriana Lampert
O último dia do Fórum Social das Resistências 2020 contou com atividades culturais e atos contra a guerra entre Estados Unidos e Irã e em solidariedade às vítimas de Brumadinho, realizados no Parque Farroupilha neste sábado (25). Outra atividade foi a reunião do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial (FSM), que fez um balanço da última edição do evento central, ocorrido em Salvador (BA) em 2018, bem como dos acontecimentos mundiais em 2019; além de traçar diretrizes da próxima edição do FSM, que deve ocorrer no México, em janeiro de 2021.
O último dia do Fórum Social das Resistências 2020 contou com atividades culturais e atos contra a guerra entre Estados Unidos e Irã e em solidariedade às vítimas de Brumadinho, realizados no Parque Farroupilha neste sábado (25). Outra atividade foi a reunião do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial (FSM), que fez um balanço da última edição do evento central, ocorrido em Salvador (BA) em 2018, bem como dos acontecimentos mundiais em 2019; além de traçar diretrizes da próxima edição do FSM, que deve ocorrer no México, em janeiro de 2021.
Em frente à Feira Agroecológica, o espetáculo de teatro Os Dez Mandamentos da Capital (direção coletiva do grupo Povo da Rua) tratou da história de uma liderança feminina que quer construir uma cidade utópica, onde todos têm o direito de comer, dormir e trabalhar tranquilamente; mas que é traída pelos companheiros, que se corrompem no meio do processo. “Fizemos esta peça pesquisando a construção de Brasília, criticando a burocratização da política, que se dá através de acordos de traição e de troca de favores”, comenta a atriz Alessandra Carvalho. “A história se assemelha à da ex-presidenta Dilma Rousseff.”
No início da tarde, integrantes do Comitê de Combate à Megamineração se mobilizaram para um ato em frente ao Monumento ao Expedicionário, em solidariedade às vítimas de Brumadinho, para chamar a atenção da falta de segurança ambiental no País. “Aqui no Estado, a instalação da Mina Guaíba – que pretende instalar um polo em Eldorado do Sul (RS) – traz riscos de contaminação do ar, da água e do lençol freático, além de deslocar os produtores de arroz orgânico da região, atingindo a comunidades indígenas e o Parque Delta do Jacuí, bem como suas nascentes”, afirma a aposentada Celina Cabrales, que é integrante do Comitê.
Na sexta-feira (24), durante a Assembleia dos Povos, realizada no auditório da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS), foram apresentadas as principais agendas de luta em preparação para o Fórum Social Mundial de 2021. No mesmo dia, também houve a participação do movimento hip hop, com rimas, dança e um manifesto pela importância da valorização da arte que se conecta com as periferias brasileiras. No decorrer do evento, que iniciou no dia 21 com a marcha de abertura (que partiu do Centro de Porto Alegre até o Anfiteatro Por do Sol), ocorreram 14 assembleias de convergências, com trocas de experiências e indicações de ações coletivas com foco de evitar a retirada de direitos e o retrocesso democrático no País.
“O papel do Fórum Social das Resistências é ser um espaço de convergências. Temos não somente no Brasil, mas na América Latina e no mundo, muitos movimentos, muitas comunidades que, por sofrerem violências sociais, ambientais e econômicas contra a própria vida, se organizam e resistem”, afirma o diretor executivo da Abong e membro do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial, Mauri Cruz. “A ideia é conectar estas resistências, do ponto de vista de troca de experiências e de construir uma rede de solidariedade e de apoio mútuo, porque muitas vezes os sistemas violadores, que são os estados e o setor empresarial, são os mesmos.”
Segundo Cruz, além de um balanço das crises nos vários continentes, e da última edição do FSM, o Conselho deverá discutir o papel que os processos do Fórum deve cumprir neste período, “sendo um espaço de conexão das lutas ambiental, das mulheres, dos indígenas, das migrações, das desigualdades. Dentro deste universo, ainda tem um dos grandes desafios que é a questão da concentração de riqueza, que fica nas mãos de 1% da população.”
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