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Economia

- Publicada em 23 de Janeiro de 2020 às 03:00

Mais baratos, consórcios caem no gosto dos consumidores

Conforme a Abac, segmento de veículos lidera as vendas, com 6 milhões de contratos

Conforme a Abac, segmento de veículos lidera as vendas, com 6 milhões de contratos


LUIZA PRADO/JC
Adriana Lampert
Melhor informados sobre educação financeira, e comprando menos por impulso, parte dos consumidores brasileiros tem migrado para a aquisição de planos de consórcio, quando o assunto é a compra de um imóvel. Pesquisa recente da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) indica que as vendas de novas cotas cresceram 19,2% neste segmento entre dezembro de 2019 e dezembro de 2018. O ano passado encerrou com 986,7 mil consorciados frente a 885 mil registrados 12 meses antes, um aumento de 11,5%. "Foram vendidas 323 mil cotas de imóveis contra 271 mil em 2018, é um crescimento significativo", avalia o presidente da entidade, Paulo Roberto Rossi.

Melhor informados sobre educação financeira, e comprando menos por impulso, parte dos consumidores brasileiros tem migrado para a aquisição de planos de consórcio, quando o assunto é a compra de um imóvel. Pesquisa recente da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) indica que as vendas de novas cotas cresceram 19,2% neste segmento entre dezembro de 2019 e dezembro de 2018. O ano passado encerrou com 986,7 mil consorciados frente a 885 mil registrados 12 meses antes, um aumento de 11,5%. "Foram vendidas 323 mil cotas de imóveis contra 271 mil em 2018, é um crescimento significativo", avalia o presidente da entidade, Paulo Roberto Rossi.

O dirigente da Abac explica que a recuperação da economia, facilidade para contratação do crédito e a mudança no comportamento do consumidor impulsionaram as vendas de todo o setor de consórcios, que registrou elevação de 10,4% no volume de novas cotas em geral. "O brasileiro está mais atento às suas finanças, com maior educação financeira e planejamento", opina Rossi. Segundo ele, ao comprar menos por impulso, os investidores estão pesando mais o prazo de parcelas, as taxas de juros e as vantagens do sistema de consórcios, que "tem por essência o planejamento financeiro".

O diretor-executivo do Consórcio Nacional Bancorbrás, José Climério Silva Souza, aponta que, no caso dos imóveis, a modalidade afasta o cliente das altas taxas de financiamento habitacional, pois não há cobrança de juros sobre o valor da parcela. "É uma forma de o consorciado se organizar financeiramente e realizar o sonho da casa própria", relata. Mesmo em período no qual o financiamento de imóveis esteja com juros mais baixos, já que a Selic vem caindo, o consórcio propicia custo mais baixo, destaca o dirigente.

"O setor não trabalha com juros, mas sim com uma taxa que é dividida mensalmente junto com as prestações", complementa o presidente da Abac. "A taxa é livre no mercado, se for de 19% e um prazo de duração de 200 meses, vai ficar em 0,095% ao mês sobre o valor do crédito", exemplifica. "Em algumas situações, é possível inclusive utilizar o FGTS no consórcio de imóveis", complementa Rossi.

O gerente Comercial e de Marketing da Racon Consórcios, Cleber Sanguanini, concorda que os brasileiros estão enxergando no setor uma forma de poupar por determinado período, planejando melhor a compra. "Também a melhora na atividade econômica tem alavancado o mercado", observa o executivo. "Parcelas adequadas ao bolso do interessado, prazos maiores e custo final menor que no financiamento são alguns dos motivos que tornam o consórcio uma das formas mais atrativas atualmente para aquisição de automóveis, imóveis e, até mesmo, a reforma de uma residência." Ainda de acordo com levantamento da Abac, os créditos concedidos, resultantes das contemplações e que foram utilizados de alguma forma no mercado nacional em 2019 - de janeiro a outubro, somaram cerca de R$ 110 bilhões, 27% a mais que os R$ 85 bilhões movimentados no mesmo período do ano anterior.

"A Racon Consórcios encerrou 2019 com crescimento de 10% no volume de vendas e aposta no bom momento para incrementar seu volume de negócios", conta o gerente Comercial e de Marketing da empresa. Sanguanini afirma que o segmento de imóveis é o mais procurado. "Mas também estamos crescendo ano a ano na venda de créditos de veículos". Segundo a Abac, no Brasil, o maior número de participantes de consórcios está no segmento de veículos, com quase 6 milhões de clientes (sendo que, destes, 3,7 milhões são do segmento de veículos leves). Em segundo lugar, vêm os imóveis, com quase 1 milhão de consorciados.

Um dos aspectos da pesquisa da Abac foi a distribuição das faixas etárias. Do universo consultado, 54% da população está na faixa dos 40 anos em diante, divididos em 29% de 40 a 49 anos e 25% com 50 ou mais. A menor participação é daqueles que têm até 29 anos com 11%. O destaque foi a faixa dos 30 a 39 anos que, com 35% de presença nos consórcios, demonstrou evolução, visto que há um ano era de 27%.

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