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Economia

- Publicada em 22 de Janeiro de 2020 às 15:18

Brasileiro mais pobre levaria nove gerações para atingir renda média do país, diz estudo

Relatório diz que atualmente poucos países têm condições de diminuir a desigualdade

Relatório diz que atualmente poucos países têm condições de diminuir a desigualdade


JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
O Brasil ocupa o 60º lugar entre 82 países em um ranking que mede o índice demobilidade social, ou seja, o quanto uma pessoa que nasce em determinadas condições socioeconômicas tem chances de melhorar essa posição ao longo da vida.
O Brasil ocupa o 60º lugar entre 82 países em um ranking que mede o índice demobilidade social, ou seja, o quanto uma pessoa que nasce em determinadas condições socioeconômicas tem chances de melhorar essa posição ao longo da vida.
A lista integra um relatório divulgado pelo Fórum Econômico Mundial nesta terça-feira (21). Segundo o documento, um brasileiro nascido no patamar mais baixo de renda levaria nove gerações para chegar à renda média do país. Na Dinamarca, que lidera o ranking, essa ascensão social demoraria só duas gerações.
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Os dinamarqueses são seguidos de Noruega e Finlândia. A Costa do Marfim está na última colocação. Na América do Sul, o Brasil está atrás de Uruguai (35º), Chile (47º) e Equador (57º). Já Colômbia (65º), Peru (66º) e Paraguai (69º) vêm atrás.
O estudo do Fórum aponta a baixa mobilidade social como "causa e consequência do aumento das desigualdades" e diz que ela prejudica o crescimento econômico e a coesão social.
Para chegar ao índice, o relatório analisa dez itens em cinco áreas: saúde, educação, tecnologia, trabalho e proteção social. O Brasil tem um dos piores resultados para o item aprendizagem ao longo da vida, ocupando a 80ª posição, a antepenúltima do ranking. Só ganha da Geórgia e do Bangladesh.
O relatório aponta ainda que o Brasil se destaca negativamente por um alto índice de crianças que, aos dez anos, não atingiram o nível mínimo de educação. Ele recomenda que o país reduza a proporção de alunos por professor.
O documento também sugere que melhorar as oportunidades de aprendizagem ao longo da vida pode ajudar o país a reduzir os níveis de desemprego. Diz também que "esforços adicionais poderiam ser feitos para diminuir os níveis de desemprego entre os trabalhadores com educação básica (15,3%) e intermediária (14,1%)".
Segundo o estudo, a falta de mobilidade social "é um grande problema, não apenas para o indivíduo, mas também para a sociedade e a economia" porque "o capital humano é a força motriz do crescimento econômico".
"A fraca mobilidade social, aliada à desigualdade de oportunidades, sustenta esses atritos, sugerindo que, se o nível de mobilidade social fosse aumentado, poderia atuar como uma alavanca do crescimento econômico", registra o documento do Fórum Econômico Mundial.
O relatório diz que poucos países têm, hoje, condições de promover mobilidade social e diminuir a desigualdade. "Em média, nas principais economias desenvolvidas e em desenvolvimento, os 10% mais ricos recebem quase 3,5 vezes a renda dos 40% mais pobres", aponta.
Se os países do ranking aumentassem o índice de mobilidade social em dez pontos, diz o texto, o Produto Interno Bruto (PIB) mundial teria um crescimento adicional de 4,41% até 2030, além de vastos benefícios sociais.

Posição do Brasil em cada componente do ranking geral:

  • Aprendizagem ao longo da vida: 80ª
  • Instituições inclusivas: 74ª
  • Oportunidade de trabalho: 69ª
  • Qualidade e equidade da educação: 65ª
  • Distribuição justa de salário: 64ª
  • Saúde: 60ª
  • Acesso à educação: 57ª
  • Acesso à tecnologia: 55ª
  • Condições de trabalho: 39ª
  • Proteção social: 38ª
Folhapress
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