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Economia

- Publicada em 23 de Janeiro de 2020 às 03:00

Lojas de material escolar esperam bons resultados com volta às aulas

ProconRS alerta para possíveis abusos nas listas de compras

ProconRS alerta para possíveis abusos nas listas de compras


/JONATHAN HECKLER/arquivo/JC
Carlos Villela
Além de ser o começo de um novo momento de estudos, o período de volta às aulas é quando os alunos compram os novos materiais escolares para começar o ano letivo. Por isso, lojistas do setor se mostram otimistas com as vendas no começo do ano.

Além de ser o começo de um novo momento de estudos, o período de volta às aulas é quando os alunos compram os novos materiais escolares para começar o ano letivo. Por isso, lojistas do setor se mostram otimistas com as vendas no começo do ano.

De acordo com o diretor comercial da Kalunga, Hoslei Pimenta, janeiro e fevereiro são os melhores meses do ano para o setor. "A volta as aulas é nosso Natal", diz. A rede começa a se preparar para o período no meio do ano, para garantir licenciamento de marcas, decidir as capas dos cadernos e fazer a produção dos materiais vendidos na loja.

A loja também realiza a campanha "Seu caderno usado vale desconto", na qual, a cada 1 kg de folhas doadas, o consumidor recebe R$ 1,50 de desconto nas compras de novos cadernos universitários ou em pacotes de 100 folhas da marca Chamequinho, com limite de 50 kg de papel por CPF. "É uma grande promoção, tem efetivamente um desconto para a pessoa", afirma Pimenta. "As pessoas têm muito caderno usado e acabam tendo um bom desconto, e outro apelo é dar destinação correta para cadernos usados", completa.

No ano passado, a rede arrecadou 239 toneladas de papel. A expectativa para este ano é que esse número cresça, e o otimismo, de acordo com Pimenta, é puxado pelo aumento acima de 10% nos primeiros dias na coleta do papel. "A gente compra folhas de caderno usado para produção de novos cadernos, e esse volume está maior do que no ano passado", diz. Outra promoção da loja é o desconto progressivo de cadernos universitários, que se estende até dia 29 de fevereiro. Para quatro a seis cadernos de 96 folhas, o desconto é de 5%, e pode chegar a 20% na compra de 20 cadernos.

O período também é bem-visto por lojas menores. A livraria papelaria Phoenix, no bairro Cidade Baixa, também espera um aumento nas vendas do período. Entretanto, após mais de 30 anos de empresa, a proprietária Ana Maria Lopes está vendendo o ponto. Contudo, a motivação, segundo ela, não é econômica, e sim pessoal. "Já tenho mais de 30 anos de empresa, já me aposentei, e o comerciante sempre fica preso no seu negócio e não consegue fazer outra coisa na vida", afirma. "Quero voltar a estudar e fazer outras coisas, e quero dar uma chance a outra pessoa". Agora, diz Ana Maria, o próximo passo é deixar a loja pronta para que o novo proprietário possa desfrutar dos bons números da volta às aulas. Ela acredita que a presença de grandes redes não atrapalha o negócio. "A gente vende também", diz ela. "Às vezes, nosso preço é melhor do que o deles, mesmo sendo uma loja pequena e comprando quantidade pequenas".

Entretanto, o consumidor deve ficar atento a possíveis abusos nas listas de material escolar. De acordo com Luis Felipe Mahfuz Martini, diretor-executivo do ProconRS, a escola não pode exigir marcas específicas nos materiais escolares, nem indicar um determinado estabelecimento comercial para fazer as compras. Também é vetado que se peça material escolar de uso coletivo por parte dos estudantes ou da própria escola. Segundo Martini, "a compra desses materiais está inclusa no valor das mensalidades". A exceção é o caso de apostilas próprias das escolas, que podem ser compradas no lugar indicado pela instituição - seja nela mesma ou em estabelecimento específico.

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