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Consumo

- Publicada em 22 de Janeiro de 2020 às 03:00

Verão deve trazer expansão de 10% ao varejo gaúcho

Movimento de turistas no Litoral vai contribuir para o crescimento das vendas, avalia a FCDL-RS

Movimento de turistas no Litoral vai contribuir para o crescimento das vendas, avalia a FCDL-RS


/Luciano Lanes/ARQUIVO/JC
As vendas do varejo gaúcho na temporada de verão 2020 devem crescer até 10% na comparação com o mesmo período de 2019. A estimativa é da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), contemplando, especialmente, as cidades litorâneas, onde a circulação de turistas aumenta de forma expressiva nesta época do ano.
As vendas do varejo gaúcho na temporada de verão 2020 devem crescer até 10% na comparação com o mesmo período de 2019. A estimativa é da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), contemplando, especialmente, as cidades litorâneas, onde a circulação de turistas aumenta de forma expressiva nesta época do ano.
Os meses de janeiro e fevereiro movimentam o litoral gaúcho e trazem como reflexo o crescimento da população disposta a consumir. Além da hotelaria e do setor gastronômico que são beneficiados pelo incremento da circulação de pessoas, as lojas dessas cidades também podem ter sua rentabilidade ampliada neste período.
A FCDL-RS observa que os primeiros dias do ano mostram os gaúchos dispostos a circular pelas praias do Rio Grande do Sul, evitando viagens ao exterior, por causa da alta do dólar, e para outros pontos do País, por medida de economia. Dessa forma, restaurantes, bares, supermercados, hotéis e lojas com vestuário leve, bijuterias, calçados e produtos farmacêuticos, especialmente cosméticos, deverão registrar maior incremento na venda de produtos e serviços.
Nas cidades que não estão situadas na faixa litorânea, o forte calor registrado no verão faz com que produtos como aparelhos de ar-condicionado, ventiladores e climatizadores sejam muito procurados e tenham seus indicadores de vendas incrementados, projetando-se um crescimento de até 15% em relação ao mesmo período de 2019.
Outro aspecto que o veraneio gaúcho favorece é o crescimento dos indicadores de emprego nas cidades litorâneas. No Litoral Norte (microrregião Osório, que vai de Mostardas a Torres), a expectativa é que no período compreendido pelos meses de dezembro, janeiro e fevereiro sejam abertas cerca de 6 mil vagas temporárias, com a quase totalidade delas voltadas aos setores do comércio e serviços.
 

Índice do movimento do varejo sobe 1,7% em 2019

O índice que mede o movimento do comércio varejista no Brasil fechou 2019 com expansão de 1,7%, a terceira consecutiva, conforme dados apurados pela Boa Vista. No entanto, as vendas encerraram dezembro com queda de 2,5% em relação a novembro (alta de 2,3%), mas subiram 0,8% em relação ao último mês de 2018.
A despeito da retração observada em dezembro no confronto com o mês anterior, a equipe econômica da Boa Vista ressalta, em nota, que as concessões de crédito com recurso livres ao consumidor vêm mantendo ritmo de crescimento. Além disso, acrescenta que a inflação sob controle e a liberação dos recursos do FGTS no ano passado deram sustentação ao avanço do setor na comparação interanual nos últimos meses de 2019.
Entretanto, a retomada lenta do emprego e o pouco crescimento da renda estão elevando o nível de endividamento do consumidor e do comprometimento dos rendimentos, resultando, consequentemente, em risco de aumento da inadimplência.
Porém, "ao menos a curto prazo, o cenário para o movimento do comércio continua sendo de recuperação gradual, que tende a se repetir ao longo de 2020", estima a Boa Vista. A queda de 2,5% do comércio varejista em dezembro ante novembro, conforme a instituição, foi puxada pela categoria de móveis e eletrodomésticos, que apresentou recuo de 4,7%, após alta de 5,2%, com ajuste sazonal. Nos dados sem ajuste sazonal, ao longo de 2019, o segmento cresceu em torno de 0,2%.
Outra categoria que registrou declínio foi a de supermercados, alimentos e bebidas, de 1,8%, mas mostrou aumento de 2% no acumulado em 12 meses. Já o segmento de combustíveis e lubrificantes subiu 1,8% no último mês do ano passado, acumulando recuo de 0,2% em 2019. Por fim, a taxa dessazonalizada da categoria de tecidos, vestuários e calçados teve alta de 0,4% em dezembro ante novembro, com o dado acumulado em 2019 subindo 6,3%.