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Economia

- Publicada em 12 de Janeiro de 2020 às 18:40

Com estiagem de volta, projetos de irrigação devem crescer 400% no Rio Grande do Sul

Plano para maior adoção de pivôs deve ser encaminhado ao governo

Plano para maior adoção de pivôs deve ser encaminhado ao governo


/FOCKINK/DIVULGAÇÃO/JC
Thiago Copetti
Após uma sequência atípica de sete anos sem registro de estiagem ou seca generalizada no Estado - a última ocorrência foi em 2012 -, o número de projetos de irrigação implantados por produtores despencou no Rio Grande do Sul. Com a atual falta de chuva, porém, o governo gaúcho se prepara para uma demanda aquecida para instalação de pivôs em 2020.
Após uma sequência atípica de sete anos sem registro de estiagem ou seca generalizada no Estado - a última ocorrência foi em 2012 -, o número de projetos de irrigação implantados por produtores despencou no Rio Grande do Sul. Com a atual falta de chuva, porém, o governo gaúcho se prepara para uma demanda aquecida para instalação de pivôs em 2020.
Coordenador das câmaras setoriais e temáticas da Secretaria da Agricultura, Paulo Lipp diz que a pasta se prepara para um aumento de até 400% nos projetos encaminhados neste ano em relação a 2019. Foram apenas 165 projetos no ano passado, abrangendo 3.560 hectares dentro do programa Mais Água, Mais Renda.
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Em 2014, ainda sob o impacto da estiagem de 2012, a secretaria chegou a receber 715 projetos de irrigação para 21 mil hectares. Esse número vem em queda desde então. O coordenador das câmeras setoriais relata que, antes mesmo da atual estiagem, a secretaria já vinha se estruturando para estimular a implantação dessa tecnologia nos campos gaúchos, prevendo que a falta de chuva logo seria uma realidade, além de incentivar a adoção maior, por exemplo, em lavouras de milho. 
"Nos reunimos com representantes das principais indústrias do setor no Estado, ainda antes da estiagem, para tratar do tema. Mesmo com a queda nos investimentos nesses projetos nos últimos anos, as indústrias garantem que estão preparadas para atender à elevada demanda que virá pela frente", relata Lipp.
Atualmente sem grandes problemas para obter a licença ambiental para irrigação, com apoio e aceleração da aprovação diretamente pelas prefeituras, Lipp avalia que o maior empecilho é a questão energética. Problemas de fornecimento de energia elétrica no meio rural, relatados pelo setor primário, são barreiras a serem vencidas, aponta o integrante da secretaria. Mas dados os prejuízos causados pela falta de chuva na atual safra, Lipp avalia que, mesmo com custo maior, motores a diesel podem ser uma alternativa.
"Além de reduzir perdas por problemas climáticos, esse investimento sempre tem retorno no aumento de produtividade. Então, mesmo sendo mais caro, adotar motores movidos a combustível fóssil para fazer a  irrigação, é viável", avalia o representante da Secretaria da Agricultura.
O Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers) deve apresentar esta semana ao governador Eduardo Leite um projeto para estimular a adoção de pivôs em lavouras gaúchas, adianta o presidente da entidade, Cláudio Bier. A proposta, na verdade, será reapresentada, ressalta o executivo, já que também foi encaminhada a governos anteriores, sem sucesso. 
"A ideia é ter uma espécie de Fundopem para o setor, com benefícios fiscais. Resumidamente, o produtor que investir em irrigação teria desconto no ICMS sobre o excedente que conseguir obter com aumento de produtividade obtida a partir da adoção de pivôs", explica Bier.
A própria Secretaria da Agricultura deverá encaminhar pedido ao governador para que seja ampliado o prazo de emissão de licenciamento ambiental do Mais Água, Mais Renda, que vence em abril. Pelo programa, o licenciamento para um sistema de irrigação sai em até 30 dias.
Também devem desembarcar em breve no Estado representantes do Ministério da Agricultura para avaliar os danos da estiagem nas lavouras, para formulação de medidas que ajudem a mitigar os prejuízos. Para esta segunda-feira (13), está prevista uma nova reunião entre Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), Federação das Associações de Municípios (Famurs) e Federação da Agricultura (Farsul) para confirmar as ações e os pedidos a serem encaminhados à ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
Para suprir a demanda de água e amenizar os impactos de uma estiagem, o Rio Grande do Sul poderia contar com o suporte de barragens. Mas dois grandes projetos há anos estão em obras, com interrupções, e impactam o setor. 
As barragem de Taquarembó, em Dom Pedrito, e do Arroio Jaguari, entre São Gabriel e Lavras do Sul, poderiam amenizar a atual crise hídrica e os prejuízos no campo na Fronteira Oeste do Estado.
Até este domingo (12), a Defesa Civil do Rio Grande do Sul somou 31 municípios em situação de emergência devido à estiagem. Além disso, ultrapassa cem cidades que registram perdas consideradas irreversíveis nos setores produtivos.
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