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Sistema Financeiro

- Publicada em 06 de Janeiro de 2020 às 21:20

Caixa prepara IPO da área de seguros em abril

Essa é a segunda vez que o banco tenta realizar a operação

Essa é a segunda vez que o banco tenta realizar a operação


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
A Caixa Econômica Federal prepara para abril a abertura de capital da Caixa Seguridade, divisão de seguros do banco. A expectativa do banco público, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, é de que a empresa chegue valendo entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões na B3, marcando a primeira oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da história da instituição financeira e da equipe econômica do presidente da República, Jair Bolsonaro.
A Caixa Econômica Federal prepara para abril a abertura de capital da Caixa Seguridade, divisão de seguros do banco. A expectativa do banco público, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, é de que a empresa chegue valendo entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões na B3, marcando a primeira oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da história da instituição financeira e da equipe econômica do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Segundo fontes próximas ao banco, a Caixa já organiza um calendário extenso de reuniões com investidores (roadshow, no jargão do mercado) para garantir uma boa precificação do ativo.
No mercado financeiro, a aposta é de que a abertura de capital do negócio de seguros da Caixa fique próximo ou até mesmo supere a da BB Seguridade, do Banco do Brasil, que levantou R$ 11,5 bilhões na B3, em abril de 2013. A operação serviu de modelo para a reestruturação da Caixa Seguridade.
É a segunda vez que a Caixa tenta emplacar o IPO da sua divisão. Em 2015, o banco chegou a sondar o mercado, mas não obteve o valor que esperava pelo negócio.
A operação é parte da estratégia de venda de ativos da Caixa para este ano. Em 2019, foram arrecadados R$ 15 bilhões com os desinvestimentos, considerando apenas operações próprias do banco. Para 2020, conforme o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o objetivo é arrecadar volume "bem maior".
"Em 2020, teremos foco total na abertura de capital da Caixa Seguridade e da Caixa Cartões. O da Caixa Seguridade será um laboratório para os demais. A Caixa é um banco social, portanto, a questão da seguridade é muito importante", afirmou o executivo, em recente entrevista ao Broadcast, sem revelar o tamanho da operação e o valor esperado para o negócio.
Escolhido para presidir a Caixa no governo de Bolsonaro, Guimarães passou a se dedicar pessoalmente ao negócio de seguros após assumir o comando do banco. Dentre as mudanças que capitaneou, ordenou a revisão de todos os contratos já fechados em seguros até então, incluindo três parcerias seladas com a francesa CNP Assurances - atual sócia da Caixa em seguros.
Apesar de ter postergado a abertura de capital de seguros, antes prevista para 2019, sua gestão conseguiu rentabilizar melhor o ativo.
O valor fechado com a CNP, por exemplo, de R$ 7,8 bilhões, ficou 70% acima do montante acertado na gestão anterior.
A renegociação mais favorável para o banco público foi possível mesmo com o Brasil enfrentando um dos momentos mais difíceis dos últimos anos nas relações diplomáticas com a França, durante o governo Bolsonaro.
Parte dos recursos obtidos com o IPO da Caixa Seguridade deve ser utilizada para a Caixa amortizar sua dívida com o Tesouro Nacional no âmbito dos chamados instrumentos híbridos de capital e dívida (IHCD). O banco já teria pago R$ 11,3 bilhões de um saldo de cerca de R$ 40 bilhões.
Tais recursos foram aportados na instituição na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff para suportar a estratégia de concessão de crédito utilizada na época.

Caixa Seguridade confirma acordo com Tokio Marine

A Caixa Seguridade e a Tokio Marine fecharam acordo para abrir uma nova empresa que vai explorar, por 20 anos, os ramos de seguros habitacional e residencial na rede de distribuição da Caixa Econômica Federa. A Caixa terá 75% de participação no capital da companhia, com 49,99% das ações ON e 100% das PN, enquanto a Tokio Marine terá 50,01% das ações ON e 25% do capital.
A Tokio Marine será responsável por realizar um aumento de capital na nova empresa de R$ 1,52 bilhão, valor que será repassado à Caixa Econômica Federal.
A nova empresa vai remunerar a Caixa Seguridade com as despesas totais de venda por produto em valores pré-definidos, com uma comissão de distribuição de 36,4% para o seguro residencial e 20% para o habitacional.
O prazo para fechamento da operação encerra-se em 4 de janeiro de 2021. O acordo terá que ser aprovado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), Banco Central e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).