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Economia

- Publicada em 03 de Janeiro de 2020 às 18:07

Petróleo fecha em alta de mais de 3% após aumento de tensões entre EUA e Irã

'Irã nunca ganhou uma guerra, mas nunca perdeu uma negociação', reagiu Trump

'Irã nunca ganhou uma guerra, mas nunca perdeu uma negociação', reagiu Trump


JIM WATSON/AFP/JC
Agência Estado
Os contratos futuros do petróleo subiram nesta sexta-feira (3), após o aumento das tensões entre os Estados Unidos e o Irã ter desencadeado temores de queda na oferta da commodity. Na noite dessa quinta-feira (2), um bombardeio americano no Aeroporto Internacional de Bagdá matou o general Qassim Suleimani, comandante das Forças Quds, uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã.
Os contratos futuros do petróleo subiram nesta sexta-feira (3), após o aumento das tensões entre os Estados Unidos e o Irã ter desencadeado temores de queda na oferta da commodity. Na noite dessa quinta-feira (2), um bombardeio americano no Aeroporto Internacional de Bagdá matou o general Qassim Suleimani, comandante das Forças Quds, uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro subiu 3,06%, a US$ 63,05 o barril, com alta semanal de 2,15%. E o Brent para março avançou 3,55%, a US$ 68,60 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), com 2,59% de avanço na semana. Os dois contratos chegaram a subir mais de 4% durante o pregão.
O Irã prometeu "retaliação severa" à operação dos EUA, que também foi condenada pelo primeiro-ministro do Iraque, Adel Abdul-Mahdi. Do lado americano, o presidente Donald Trump disse que o Irã "nunca ganhou uma guerra, mas nunca perdeu uma negociação", enquanto o secretário de Estado Mike Pompeo afirmou duvidar que o país islâmico realize algum ataque contra os EUA.
Segundo oficiais de defesa consultados pela NBC News, os EUA enviarão cerca de 3,5 mil adicionais ao Oriente Médio após a morte de Suleimani.
As tensões entre Washington e Teerã aumentaram nesta semana quando membros ligados ao Kataib Hezbollah, grupo de milícias apoiado pelo Irã, tentaram invadir a embaixada americana em Badgá, em resposta a um ataque dos EUA ao grupo perto da fronteira entre Iraque e Síria no domingo. Os americanos acusam o Kataib Hezbollah de uma série recente de ataques com mísseis contra bases iraquianas, onde estão posicionadas forças americanas.
Na avaliação do ING, "até que fique mais claro como os iranianos responderão, é provável que os preços no mercado de petróleo continuem, de alguma forma, com um prêmio de risco". Segundo o banco holandês, retaliações do país islâmico podem vir por meio de ataques a petroleiros e a instalações petrolíferas ou com um interrupção dos fluxos de petróleo através do Estreito de Ormuz.
Para a BMO Markets, ainda é cedo para oferecer uma previsão de como esses eventos influenciarão, de fato, o mercado da commodity, mas "os investidores estão claramente incorporando um certo grau de preocupação de que novas escaladas disruptivas possam estar por vir".
Também hoje, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano informou que os estoques de petróleo nos Estados Unidos caíram 11,463 milhões de barris, para 429,896 milhões de barris, na semana encerrada em 27 de dezembro, queda maior do que a prevista por analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, de 3,3 milhões de barris.
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