B3 realiza hoje último pregão deste ano

Nesta segunda-feira, a B3 realiza as últimas negociações de 2019 - depois, retoma as atividades no dia 2 de janeiro de 2020, próxima quinta-feira.

Até 27 de dezembro, quando fechou aos 116.533 pontos, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, acumulava alta de 32,59% em 2019. Em 12 meses, o ganho é de 36,36%.

Entre os destaques de alta em dezembro (30,5%) e no ano (162%), a ação da Via Varejo fechou sexta-feira em baixa de 2,54%, enquanto a CSN, que avança 11% no mês e 69% no ano, encerrou em queda de 3,72%, a segunda maior perda do Ibovespa no dia.

As últimas semanas têm se caracterizado por ganhos no mercado financeiro após a agência de classificação de risco Standard & Poor's anunciar a elevação da perspectiva da nota da dívida pública brasileira de estável para positiva. A decisão indica que a agência pode subir a nota do crédito soberano do Brasil nos próximos dois anos caso o País siga com a agenda de reformas e de redução dos gastos públicos.

Já o dólar, na sexta-feira, fechou em seu menor nível em 52 dias. o comercial encerrou o dia cotado a R$ 4,05, com queda de R$ 0,017 (-0,42%). A moeda está no menor nível desde 5 de novembro, quando era vendida a R$ 3,993. A divisa operou em baixa durante toda a sessão. O dólar acumula queda de 4,5% em dezembro.

A baixíssima liquidez e a agenda fraca nas sessões entre o Natal e o Ano Novo não ofereceram um driver claro para investidores do mercado de câmbio, que operaram ajustando suas posições para 2020. Como resultado, o dólar recuou ante outras moedas.

"Dezembro foi um mês difícil para o dólar, mas o declínio ocorre após um forte novembro", diz Kathy Lien, diretora-gerente de estratégias cambiais da BK Asset Management. "Em geral, 2019 foi um bom ano para a divisa, mas o pico foi no final de setembro, com as perdas se acelerando em dezembro."

A força da moeda americana ao longo do ano responde à aparente resiliência da economia dos Estados Unidos em meio a um processo de desaceleração do crescimento mundial.

O presidente americano, Donald Trump, foi a público diversas vezes ao longo de 2019 para criticar a força do dólar ante outras moedas principais, considerando que isso tiraria competitividade dos EUA em exportações. O republicano utiliza da retórica cambial para pressionar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a cortar a taxa básica de juros do país, o que tende a depreciar a moeda.