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Economia

- Publicada em 18 de Dezembro de 2019 às 16:12

Peugeot e Fiat Chrysler criam gigante de US$ 50 bilhões

Atualmente, o trio que lidera o mercado mundial de automóveis, em número de vendas

Atualmente, o trio que lidera o mercado mundial de automóveis, em número de vendas


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Os conselhos da montadora francesa PSA, dona da Peugeot, e da Fiat Chrysler (FCA) aprovaram, nesta quarta-feira (18), um acordo de fusão de seus negócios, que criará a quarta maior fabricante de automóveis do mundo, com valor de mercado de cerca de US$ 50 bilhões, informa um comunicado conjunto distribuído pelas duas companhias.
Os conselhos da montadora francesa PSA, dona da Peugeot, e da Fiat Chrysler (FCA) aprovaram, nesta quarta-feira (18), um acordo de fusão de seus negócios, que criará a quarta maior fabricante de automóveis do mundo, com valor de mercado de cerca de US$ 50 bilhões, informa um comunicado conjunto distribuído pelas duas companhias.
Atualmente, o trio que lidera o mercado mundial de automóveis, em número de vendas, é atualmente composto pelo grupo alemão Volkswagen, a aliança franco-japonesa Renault-Nissan e a japonesa Toyota, nesta ordem.
A nova empresa, cujo nome ainda não foi definido, entidade, terá mais de 400 mil funcionários e um faturamento consolidado de cerca de EUR 170 bilhões ( o equivalente a US$ 190 bilhões) e vendas anuais de 8,7 milhões de veículos, sob as marcas Fiat, Alfa Romeo, Chrysler Citroën, Dodge, DS, Jeep, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot e Vauxhall.
A chinesa Dongfeng Motor, que tem fatia de 12,2% na PSA, terá uma participação reduzida de cerca de 4,5% no grupo resultante do acordo.
O acordo dará à PSA, fabricante da Peugeot, uma presença há muito desejada na América do Norte e deve ajudar a Fiat a ganhar terreno no desenvolvimento de tecnologia de baixa emissão de gases, segmento em que está aquém dos rivais. No entanto, a empresa ainda estará fortemente dependente do mercado de automóveis saturado da Europa e mal posicionada na China, o maior país do mundo em vendas de carros.
"Essa parceria fornecerá recursos de investimento reforçados para a nova entidade, a fim de enfrentar os desafios de uma nova era de mobilidade durável. Também irá gerar sinergias em um ano estimado de cerca de EUR 3,7 bilhões, sem fechamento de fábricas relacionadas a essa transação", diz o comunicado das duas montadoras, que acrescenta que a conclusão da fusão deve ocorrer em 12 a 15 meses.
A sede da empresa mãe da nova entidade ficará na Holanda, mas suas ações continuarão sendo negociadas nas bolsas de Paris, Milão e Nova York.
John Elkann, atual presidente da Fiat Chrysler Automobil (FCA) e herdeiro da família Agnelli, presidirá o novo conselho de administração, e Carlos Tavares, até agora presidente do conselho do grupo PSA, será o diretor geral do novo grupo.
As duas montadoras anunciaram em 31 de outubro que haviam chegado a um acordo sobre o princípio de uma fusão, no qual os acionistas dos dois grupos dividiriam o capital igualmente meio a meio, após várias operações financeiras, para formar uma nova gigante mundial de automóveis sem que isso implicasse no fechamento de fábricas.
O governo francês, que se opôs à fusão da Renault com a Fiat sem o acordo da Nissan, declarou-se favorável a essa aliança, que permitiria os investimentos necessários para a chegada do carro elétrico e do veículo autônomo, avaliados em dezenas de bilhões de euros.
"Nossa fusão representa uma oportunidade formidável para adquirir uma posição mais forte na indústria automobilística, quando realizamos uma transição para uma mobilidade limpa, segura e durável e queremos oferecer aos nossos clientes produtos, tecnologias e serviços do melhor nível", afirmou Tavares, em teleconferência com a imprensa.
"É a união de duas empresas de marcas emblemáticas e trabalhadores muito comprometidos. As duas empresas passaram por tempos difíceis e tornaram-se grandes grupos ágeis e inteligentes", disse Mike Manley, presidente executivo da FCA.
A economia gerada pelas sinergias permitirá, paralelamente, "investir maciçamente nas tecnologias e serviços que irão modelar a mobilidade do futuro, respondendo ao desafio dos regulamentos sobre emissões de carbono", enfatizaram os dois grupos.
Por outro lado, e antes da efetivação da fusão, a Fiat Chrysler Automobil distribuirá aos seus acionistas um dividendo excepcional de EUR 5,5 bilhões de euros, enquanto a PSA distribuirá aos seus acionistas os 46% que possui no capital do fornecedor de equipamentos Faurecia, segundo o comunicado.
Agência O Globo
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