A B3 estuda reduzir as tarifas impostas a corretoras para atrair pessoas físicas ao mercado de capitais. O objetivo é evitar o repasse dessas taxas e diminuir o custo de alocação para os investidores.
Segundo o presidente da companhia, Gilson Finkelsztain, as discussões ainda estão em estágios preliminares, mas a B3 não descarta possíveis isenções tarifárias e revisão, para baixo, das atuais taxas cobradas.
Um dos incentivos tarifários já estudados está na cobrança da tarifa fixa na conta depositária de corretoras, que começa em R$ 9,00 mensais. Ele afirma, ainda, que embora a tendência seja de que a isenção de taxas aos investidores se amplie no mercado, não dá para garantir que todas as plataformas adotem o movimento.
"Algumas acabam repassando e outras não, mas é um custo que atrapalha o crescimento e a atração de novas pessoas. Por isso vamos rever e isso deve ter um reflexo positivo no mercado" completa Finkelsztain. Sobre a competição com as bolsas internacionais ante a preferência que algumas companhias brasileiras têm demonstrado por abrir capital no exterior, o presidente afirma que a Bolsa já busca fomentar o maior acesso do investidor a ativos fora do País. "É inevitável não falar de competição. É um tema que nos preocupa muito e essa consulta pública (sobre a flexibilização de certificados de depósitos que permitem o investimento em ações estrangeiras, os chamados BDRs), vem para viabilizar a negociação por aqui e, no médio prazo, possibilitar a (dupla) listagem" disse.