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Economia

- Publicada em 18 de Dezembro de 2019 às 03:00

Conta de luz mais cara terá taxa de R$ 20 bi

Os números fazem parte do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético

Os números fazem parte do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético


LUIZA PRADO/JC
Os consumidores de energia de todo o Brasil irão pagar R$ 20,1 bilhões em subsídios nas contas de luz em 2020. O valor representa uma alta de 17% na comparação com o total cobrado dos clientes neste ano. Os números foram aprovados nesta terça-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Os consumidores de energia de todo o Brasil irão pagar R$ 20,1 bilhões em subsídios nas contas de luz em 2020. O valor representa uma alta de 17% na comparação com o total cobrado dos clientes neste ano. Os números foram aprovados nesta terça-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O dinheiro será usado para bancar ações e programas sociais do governo no setor elétrico e é um dos principais fatores que impactam no crescimento das tarifas de eletricidade. Para os consumidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o montante significa uma alta de 2,73% nas tarifas. No Norte e Nordeste, a alta será 1,5%.

A definição da tarifa que chega para o consumidor, no entanto, leva em conta outros fatores, como preço de energia comprada das usinas, volume das chuvas na região das hidrelétricas e impostos. Os reajustes de cada distribuidora são definidos anualmente e são um 'mix' dessas contas.

Os números fazem parte do orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), principal fundo do setor. A CDE é paga por todos os consumidores de energia elétrica por meio das contas de luz.

Os recursos da CDE são usados em ações como subsídio à tarifa para famílias de baixa renda, compra de combustível para gerar energia em regiões isoladas do país e o programa Luz Para Todos. Parte do dinheiro também vai para sistemas de irrigação e empresas de saneamento. A conta serve ainda para incentivar usinas eólicas e solares.

A maior parte do orçamento da CDE será destinado para bancar descontos tarifários na distribuição de energia que beneficiarão atividades como de irrigação e aquicultura, serviços público de água, esgoto e saneamento, e consumidores rurais. Nesse caso, o pagamento será de R$ 8,4 bilhões.

Os gastos para bancar a geração de energia em regiões isoladas do País subirão 20% na comparação com 2019 e irão atingir R$ 7,5 bilhões em 2020. Nessa conta, estão os gastos para gerar energia para Roraima. Apenas para o estado, o gasto será de R$ 1,6 bilhão.

Roraima é o único estado fora do sistema interligado nacional e depende hoje de geração de energia por meio de termelétricas. Antes, grande parte da energia da região vinha da Venezuela.

A crise no país vizinho, porém, fez cortar esse fornecimento. O governo tenta construir uma linha de transmissão até Boa Vista para ligar Roraima ao sistema nacional. Os descontos da tarifa social, concedido para clientes de baixa renda, irão custar R$ 2,6 bilhões em 2020, alta de 12% na comparação com este ano.

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