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indústria

- Publicada em 16 de Dezembro de 2019 às 21:25

Otimista, indústria gaúcha projeta mais investimentos em 2020

Foco deve ser em aquisições de máquinas e equipamentos

Foco deve ser em aquisições de máquinas e equipamentos


OLI SCARFF/AFP/JC
Pesquisa de Investimentos realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) revelou que, para 2020, 78,2% das empresas gaúchas pretendem investir, especialmente na aquisição de novas máquinas e equipamentos, além da manutenção e da atualização daqueles em uso, com o objetivo de melhorar o processo produtivo. Em 2019, esse percentual ficou em 64,4%.
Pesquisa de Investimentos realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) revelou que, para 2020, 78,2% das empresas gaúchas pretendem investir, especialmente na aquisição de novas máquinas e equipamentos, além da manutenção e da atualização daqueles em uso, com o objetivo de melhorar o processo produtivo. Em 2019, esse percentual ficou em 64,4%.
"Os resultados, tanto de 2019 quanto da perspectiva para 2020, acompanham o desempenho da economia no País. Contando com a expectativa de crescimento da economia, espera-se um quadro mais favorável para os investimentos industriais gaúchos no próximo ano", afirma o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.
Em 2019, 53,3% das empresas conseguiram cumprir a meta e realizar os investimentos - principalmente em aquisição de máquinas e equipamentos - conforme o planejado no início do ano, o maior patamar desde 2013, e 14,1 pontos percentuais acima de 2018. Segundo os empresários consultados na pesquisa, a reavaliação da demanda doméstica (para 56,8% das companhias) e o aumento inesperado do custo previsto (citado por 34,1%) foram os dois maiores motivos para a realização parcial ou o adiamento dos investimentos planejados, mas a grande dependência por recursos próprios também comprometeu.
Apesar da queda da taxa de juros, o sistema financeiro nacional pouco contribuiu para a realização dos investimentos das empresas e grande parte do valor foi, novamente, financiada com recursos próprios: 75,7%, em média, do total. "As dificuldades enfrentadas pelo setor industrial continuam limitando investimentos. O acesso ao crédito, embora tenha melhorado, permanece difícil, enquanto a ociosidade e a incerteza diminuíram, mas se mantêm elevadas", explica Petry, ressaltando, ainda, a piora no mercado externo como outro obstáculo apontado pelos empresários gaúchos.
De acordo com os empresários que responderam à pesquisa, o investimento em maior competitividade deve continuar sendo a principal razão para a indústria gaúcha no próximo ano. Como em 2019, 43,2% das empresas deverão manter o foco de seus investimentos na melhoria do processo produtivo atual. A manutenção da capacidade produtiva recebeu 17,6% das respostas, bem superior aos 11,5% de 2019.
A introdução de novos produtos, com 16,2% das respostas, é o terceiro maior propósito dos investimentos para 2020, mantendo-se em patamares de importância similares ao de 2019. A Pesquisa foi realizada de 1º a 12 de novembro, com 203 empresas no Rio Grande do Sul, sendo 47 pequenas, 69 médias e 87 grandes.

Em 2019, aportes somaram R$ 31,2 bilhões no Estado

Os principais investimentos em 2019 no Rio Grande do Sul, conforme o Anuário de Investimentos do Jornal do Comércio, somaram R$ 31,2 bilhões. Há, ainda, iniciativas de anos anteriores que estão em licenciamento - neste caso, o total sobe para R$ 65 bilhões.
A lista de investimentos previstos para o Estado permite fazer uma radiografia da economia gaúcha. Uma delas é o aumento de aportes em infraestrutura.
Nesse setor, destacam-se os investimentos em transmissão de energia de empresas estrangeiras que venceram licitação para ampliar as redes no Estado. Um exemplo é o Consórcio Chimarrão (Espanha/Canadá) que destinará R$ 2,2 bilhões a 1,2 mil quilômetros de linhas de transmissão.
Ainda na infraestrutura, a concessão de rodovias começa a dar frutos através da CCR Via Sul, com um pacote de R$ 8,8 bilhões de investimentos. Há também investimentos na ampliação da produção de fertilizantes, caso da Yara em Rio Grande, com R$ 1,5 bilhão em aportes. O panorama de novos investimentos é complementado com empresas e clusters tradicionais, como o Polo Petroquímico de Triunfo, o polo metalmecânico da Serra, além da montadora da General Motors em Gravataí.
Em Porto Alegre, os destaques são os investimentos de R$ 1,8 bilhão da Fraport na modernização do aeroporto de Porto Alegre e o projeto imobiliário de R$ 2,5 bilhões da Multiplan na zona Sul da Capital. Mais informações em jornaldocomercio.com.br/anuário_investimentos_2019.