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Economia

- Publicada em 12 de Dezembro de 2019 às 03:00

Anúncio do Fed faz dólar cair para R$ 4,11


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O dólar operou toda a quarta-feira (11) em queda e chegou a recuar para R$ 4,10 na mínima do dia. A sinalização de que os juros vão ficar no nível atual nos Estados Unidos nos próximos meses, a abertura de capital bem sucedida da XP em Nova York e os dados de varejo contribuíram para retração da moeda americana, que também recuou ante outros emergentes, de acordo com operadores. O dólar à vista fechou em baixa de 0,72%, a R$ 4,1190.
O dólar operou toda a quarta-feira (11) em queda e chegou a recuar para R$ 4,10 na mínima do dia. A sinalização de que os juros vão ficar no nível atual nos Estados Unidos nos próximos meses, a abertura de capital bem sucedida da XP em Nova York e os dados de varejo contribuíram para retração da moeda americana, que também recuou ante outros emergentes, de acordo com operadores. O dólar à vista fechou em baixa de 0,72%, a R$ 4,1190.
A quarta-feira era um dos dias mais aguardados da semana, por conta da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Banco Central. Como esperado, o Fed manteve os juros e sinalizou que não mexerá nas taxas no futuro próximo. O BC cortou a Selic em 0,50 ponto, para 4,5%, nova mínima histórica.
"O Fed está firme em manter os juros por agora", afirma o economista do banco canadense CIBC Economics, Andrew Grantham. Para ele, mesmo que existam alguns dirigentes prevendo alta dos juros já em 2020, o número é pequeno. Na entrevista à imprensa após a reunião, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou ainda que deseja ver "uma alta persistente na inflação", antes de decidir por uma futura elevação nos juros. Durante a entrevista de Powell, o dólar ampliou o ritmo de queda aqui, voltando para a casa dos R$ 4,11.
Desde o início dos negócios, o sucesso da abertura de capital da XP em Nova York, com a ação abrindo em alta de 21% na Nasdaq, ajudou a manter o dólar em queda. A perspectiva é que a operação deve trazer recursos externos ao país. O fundador e CEO da XP Inc, Guilherme Benchimol, disse hoje a jornalistas em Nova York que os US$ 2,2 bilhões da oferta serão investidos no Brasil.
O Ibovespa teve um dia modorrento, mantendo-se bem perto da estabilidade em boa parte da sessão, à espera de decisões de política monetária nos EUA e no Brasil - a do Copom foi conhecida logo após o fechamento desta quarta-feira.
O principal índice da B3 chegou a tocar a mínima do dia logo após o anúncio da decisão do Federal Reserve, quando o gráfico de pontos mostrou que quatro formuladores consideram que a taxa de juros dos EUA pode subir em 2020, para a faixa de 1,75% a 2,0%. A ampla maioria (13 de 17 integrantes), contudo, vê estabilidade ao longo do próximo ano na faixa atual, de 1,50% a 1,75%, conforme antecipavam os analistas. Nenhum formulador vê novos cortes antes de 2022.
Na ausência de outros catalisadores e à espera do Copom, após dois dias de perdas moderadas o principal índice da B3 acabou por se firmar em alta, acompanhando os índices de Nova York durante a coletiva de Jerome Powell, para fechar a sessão com ganho de 0,26%, aos 110.963 pontos. O giro financeiro foi de R$ 19,3 bilhões. Na semana, o Ibovespa tem perda de 0,15%, com ganho de 2,52% no mês e de 26,26% no ano.
O Fed manteve a projeção de crescimento do PIB dos EUA em 2,2% para 2019 e em 2,0% para o próximo ano, assim como para a inflação pelo índice PCE, respectivamente em 1,5% e 1,9%.
 
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