A Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul (Sergs) entregou, na noite de ontem, em solenidade na sede da entidade, a Láurea Engenheiro do Ano 2019. Criada há 35 anos, a distinção é uma das mais tradicionais premiações da área de engenharia do País, sendo considerada o "Oscar do setor" no Estado.
A Homenagem Especial foi entregue ao engenheiro civil Carlos Fernando Almeida Marins, sócio-gerente da Embravel Engenharia Consultiva e ex-presidente da Sergs (2001/2005). Na mesma oportunidade, foi entregue o título de Sócio Benemérito da entidade para o engenheiro Eurico Trindade de Andrade Neves, que presidiu a Sergs na gestão 1980/1982.
Pela Área Pública, o homenageado foi o engenheiro civil Delmar Pellegrini Filho, atual superintendente regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit-RS). "Este é o órgão público que mais investe no Estado, e o maior responsável pela infraestrutura em todos os eixos rodoviários de escoamento", observou o presidente da Sergs, Luis Roberto Ponte.
Pela Área Privada, o homenageado foi o engenheiro civil Leandro Melnick, diretor-presidente da Melnick Even Incorporações e Construções S.A. e conselheiro da Even Construtora e Incorporadora (São Paulo).
Leandro conduziu, em 2008, a criação da sociedade entre a gaúcha Melnick e a paulista Even, nascendo a Melnick Even. "Assim, transformou uma pequena empresa de nicho em líder de mercado no Estado", justifica Ponte.
"Este é um prêmio que vi meu pai receber há seis anos, e quando me informaram que fui escolhido, fiquei feliz e surpreso, porque imaginei que isso só aconteceria daqui uns 15 anos", afirmou o empresário Leandro Melnick.
Ao destacar o planejamento estratégico da incorporadora, Melnick observou que a empresa cresceu 10 vezes nos últimos 10 anos - sendo metade desse período em plena crise. Para 2020, o empresário vê um aquecimento do mercado imobiliário. "Em São Paulo, já está bem ativo há cerca três meses. Provavelmente, o mesmo deve ocorrer em Porto Alegre no 2º semestre de 2020."
O presidente da Sociedade de Engenharia defendeu, em seu discurso, investimentos em infraestrutura para alavancar o desenvolvimento econômico e, por consequência, "tirar as pessoas da miséria".
Também apontou situações que "impedem" a engenharia de cumprir seu papel no País e no Rio Grande do Sul: "protelações das decisões governamentais, demora na liberação de licenças, descumprimento de contratos e insegurança jurídica."
Para Ponte, é preciso "protestar contra os tentáculos que sufocam e inibem o trabalho das empresas cumpridoras da lei, entre estes, o cipoal das intromissões dos governos".