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Tecnologia

- Publicada em 10 de Dezembro de 2019 às 03:00

Anatel deve retomar discussão do leilão de 5G ainda nesta semana

Sistemas 5G terão papel decisivo na criação de cidades inteligentes

Sistemas 5G terão papel decisivo na criação de cidades inteligentes


/PAU BARRENA/AFP/JC
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)l deve retomar nesta semana as discussões do leilão do 5G, com alterações significativas em relação à proposta original. A disputa, uma das mais aguardadas pelo setor, deve movimentar R$ 20 bilhões em arrecadação e investimentos. Em outubro, a discussão sobre o leilão foi paralisada na Anatel porque um dos conselheiros pediu vista. Dividida, a diretoria da agência ainda pode solicitar um novo adiamento, o que empurraria o leilão, previsto para o fim de 2020, para o início de 2021.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)l deve retomar nesta semana as discussões do leilão do 5G, com alterações significativas em relação à proposta original. A disputa, uma das mais aguardadas pelo setor, deve movimentar R$ 20 bilhões em arrecadação e investimentos. Em outubro, a discussão sobre o leilão foi paralisada na Anatel porque um dos conselheiros pediu vista. Dividida, a diretoria da agência ainda pode solicitar um novo adiamento, o que empurraria o leilão, previsto para o fim de 2020, para o início de 2021.
Após a Anatel definir uma proposta de edital, ele deve ficar aberto para consulta pública por 45 dias, para só então ser definitivamente aprovado. Depois, o edital precisa ainda do aval do Tribunal de Contas da União (TCU).
Mesmo que o leilão do 5G fique para 2021, o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, não vê problemas. Embora alguns países, como Estados Unidos, China, Alemanha e Austrália já tenham licitado a frequência, as operações ainda são pequenas, exceto na Coreia do Sul. "O tempo para o leilão é adequado. Não é um atraso. Um prazo bom para que as redes comecem a operar é 2022", afirma Tude. "Do ponto de vista do Brasil e da América Latina não adianta ter pressa. O preço do smartphone para o 5G ainda é muito caro, na faixa de US$ 2 mil", projeta. Para o especialista, o País só deverá ter oferta de aparelhos celulares mais acessíveis a partir de 2021.
O Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da presidência da República recomendou a qualificação do leilão de espectro de radiofrequências para redes de telecomunicações de quinta geração, o leilão 5G, no PPI. A resolução com a recomendação foi publicada no Diário Oficial da União de ontem.
A decisão destaca que "o ano de 2020 marcará o advento das redes móveis de quinta geração (5G)". Segundo o texto, os sistemas de 5G terão um papel fundamental no desenvolvimento de cidades inteligentes, proporcionando o surgimento de novos serviços e modelos de negócios baseados em uma economia digital". O leilão 5G, ressalta o texto, observará a legislação setorial.

Grandes operadoras querem mais espaço na disputa

A maior preocupação das grandes teles - Claro, Vivo, TIM e Oi - em relação ao 5G está na quantidade de espectro que poderão obter no leilão. Para que tenham possibilidade de ofertar velocidade de 1 gigabit por segundo, teriam de comprar pelo menos 100 MHz, explica o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude. "Temos quatro grandes operadoras. Na divisão proposta inicialmente só haveria espaço para três", afirma.
Em relação a essas críticas feitas à primeira versão do edital, o conselheiro Vicente Aquino destaca que, além dos 250 MHz já reservados a essas empresas, elas poderão compor seu portfólio com as sobras da etapa de disputa das pequenas. Tude acredita que esse cenário é o mais provável de ocorrer. "Acho pouco provável que não haja sobras. Mas, se não houver, 250 MHz é pouco para quatro. O conflito vem da escassez. Nesse cenário, teríamos um 5G de velocidade mais baixa", alerta. peradoras regionais têm se destacado na expansão das redes fora dos grandes centros e no interior do País. Além da Algar, no triângulo mineiro, empresas como Brisanet e Mob Telecom têm expandido atuação no Nordeste, assim como a Vero, do grupo Vinci Partners, em Minas Gerais.