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Economia

- Publicada em 04 de Dezembro de 2019 às 21:29

Reformas dependem de clima no Congresso

Economista alerta para os problemas causados pela guerra comercial Estados Unidos e China

Economista alerta para os problemas causados pela guerra comercial Estados Unidos e China


LUIZA PRADO/JC
Thiago Copetti
Escolhido economista do ano de 2019 pelo Conselho Regional de Economia (Corecon-RS), Alexandre Englert Barbosa apresentou suas perspectivas para 2020 durante o Tá na Mesa, reunião-almoço da Federasul ocorrida ontem. Tesoureiro-executivo do Banco Cooperativo Sicredi, Barbosa se diz otimista quanto ao percentual de crescimento do PIB brasileiro para o próximo ano (acima de 2%), mas admite que, entre os próprios economistas, tem sido uma constante a revisão das projeções para baixo.

Escolhido economista do ano de 2019 pelo Conselho Regional de Economia (Corecon-RS), Alexandre Englert Barbosa apresentou suas perspectivas para 2020 durante o Tá na Mesa, reunião-almoço da Federasul ocorrida ontem. Tesoureiro-executivo do Banco Cooperativo Sicredi, Barbosa se diz otimista quanto ao percentual de crescimento do PIB brasileiro para o próximo ano (acima de 2%), mas admite que, entre os próprios economistas, tem sido uma constante a revisão das projeções para baixo.

No início deste ano, por exemplo, o Brasil tinha uma perspectiva de crescimento próxima de 2,5%, o que foi sendo revisado ao longo do ano e deve encerrar 2019 próximo de 1%.

Ainda que acredite no andamento das reformas administrativas e tributárias, o economista antecipa que algumas dificuldades extras podem estar no caminho. "Antes, a Previdência era a prioridade comum. Agora, essa prioridade se pulverizou entre a administrativa e a tributária. E também o governo pode enfrentar mais dificuldades em formar uma base de apoio no Congresso com o partido rachado", alerta Barbosa.

No cenário mundial, são duas as preocupações principais. A continuidade da guerra comercial entre Estados Unidos e China, com consequente desaceleração no comércio mundial, é uma ameaça real. Isso porque, em uma ano de eleições norte-americanas, a manutenção do conflito poderia ser vantajosa para o atual presidente. "Também preocupa a situação da Argentina, um grande parceiro comercial do Brasil e que compra muito da indústria nacional", alerta o economista.

Ao contrário das projeções para o Brasil, muitas vezes superestimadas e não cumpridas, o Sicredi tem acumulado ganhos e até "subestimado" alguns índices de expansão. O crescimento da carteira de crédito do banco, por exemplo, teve elevação próxima de 30% neste ano.

"Os resultados distribuídos entre os associados - que, em 2018, foram de R$ 2,7 bilhões - serão, com certeza, maiores neste ano. Ainda não consigo precisar o percentual, mas será alta de dois dígitos (ou seja, acima de 10%)", comemora Barbosa.

Para 2020, a meta do Sicredi é abrir cerca de 200 novas agências em todo o Brasil. O número expressivo, que vai na contramão do fechamento de pontos de atendimento das grandes instituições financeiras privadas, se deve ao ingresso em estados onde o Banco Sicredi ainda não estava presente ou tinha pouca representatividade, como Minas Gerais e interior de São Paulo.

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