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Economia

- Publicada em 05 de Dezembro de 2019 às 03:00

Para Guedes, discurso sobre manipulação do câmbio é político

Ministro acredita que assessores econômicos da Casa Branca não foram avisados

Ministro acredita que assessores econômicos da Casa Branca não foram avisados


TÂNIA RÊGO /ABR/JC
O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou, ontem, como um "equívoco brutal" o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que taxaria o aço e o alumínio brasileiro porque o País estaria promovendo uma desvalorização artificial do câmbio.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, classificou, ontem, como um "equívoco brutal" o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que taxaria o aço e o alumínio brasileiro porque o País estaria promovendo uma desvalorização artificial do câmbio.
"Nós só mudamos o nosso mix macroeconômico. Agora, em vez de fiscal frouxo e freio monetário, com câmbio supervalorizado derrubando as exportações, o Brasil caiu numa posição correta", defendeu ele.
O ministro classificou a medida do norte-americano como um ato político, tendo em vista a proximidade das eleições presidenciais dos EUA em 2020. "Acho que é a eleição chegando. Ele quer dizer para todo mundo que está de olho nos eleitores", avaliou.
Guedes se disse surpreso com a medida e afirmou acreditar que a ideia não tenha passado pelos assessores econômicos da Casa Branca. O ministro não ligou para a equipe econômica de Trump para discutir a taxação do aço brasileiro, apesar de o presidente Jair Bolsonaro ter afirmado que teria um "canal direto" com o presidente americano e que poderia discutir a medida. "Há coisas que é preciso refletir", afirmou.
Ontem, Bolsonaro informou que não está decepcionado com o presidente dos Estados Unidos, pois o aumento de tarifa sobre aço e alumínio ainda não se concretizou. "Não tem decepção, porque não bateu o martelo ainda. Não é porque um amigo meu falou grosso numa situação qualquer que eu já vou dar as costas para ele", disse Bolsonaro em frente ao Palácio da Alvorada.
Ainda segundo o presidente brasileiro, o objetivo é chegar em um "bom termo". "Não tenho uma idolatria por ninguém. Tenho uma amizade... Não vou falar amizade, não frequento a casa dele, nem ele a minha, mas temos um acordo, com contato bastante cordial", declarou.
Ele negou, ainda, que o País está desvalorizando artificialmente o real. "O mundo está globalizado, a própria briga comercial (entre) Estados Unidos e China influencia o preço do dólar aqui."
 
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