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Conjuntura

- Publicada em 03 de Dezembro de 2019 às 21:48

PIB do Brasil sobe 0,6% no terceiro trimestre

O desempenho da economia no terceiro trimestre confirma a retomada puxada pelo setor privado. O PIB (Produto Interno Bruto) do período cresceu 0,6% em relação aos três meses imediatamente anteriores, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira. Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 1,842 trilhão no terceiro trimestre, informou o IBGE.
O desempenho da economia no terceiro trimestre confirma a retomada puxada pelo setor privado. O PIB (Produto Interno Bruto) do período cresceu 0,6% em relação aos três meses imediatamente anteriores, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira. Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 1,842 trilhão no terceiro trimestre, informou o IBGE.
Pelo lado da demanda, o avanço continua puxado pelo consumo das famílias, que representa quase dois terços do PIB e cresceu 0,8% na comparação trimestral. Os investimentos das empresas (formação bruta de capital fixo) avançaram 2,0%. O consumo do governo recuou 0,4%. "As despesas do governo - incluindo pessoal e demais gastos, exceto investimentos - caem em todas as esferas em função das restrições orçamentárias", analisa a coordenadora de Conta Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
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Apesar do resultado do período, a taxa trimestral ainda está 3,6% abaixo do pico da série, atingido no primeiro trimestre de 2014. O PIB está no mesmo nível do terceiro trimestre de 2012, tendo se recuperado 4,9% desde que atingiu o fundo do poço no quarto trimestre de 2016.
A coordenadora de Contas Trimestrais do IBGE disse, ainda, que os dados do terceiro trimestre mostraram que o PIB continua a se recuperar de forma gradual. "É uma melhora mais ou menos contínua, mas não muito acelerada. O que está impulsionando a economia é o consumo das famílias, que continua crescendo, e o investimento. Puxando para baixo, é a despesa de consumo do governo e o setor externo, principalmente por causa da desaceleração da demanda mundial e da Argentina", disse Palis.
Considerando a ótica da oferta, a indústria teve alta de 0,8%. Segundo o IBGE, o crescimento da indústria se deveu à recuperação do setor extrativo, puxada pelo crescimento da extração de petróleo, que cresceu 12% na comparação trimestral, e pelo avanço de 1,3% na construção civil.
A indústria de transformação, por outro lado, teve nova queda, de 1%, afetada pela baixa nas exportações em função da menor demanda mundial e da crise da Argentina, segundo o IBGE. A agropecuária cresceu 1,3%, e os serviços, 0,4%. Nos serviços, destacaram-se as atividades financeiras (1,2%), o comércio (1,1%) e o segmento de informação e comunicação (1,1%).
Na comparação com o terceiro trimestre de 2018, a economia avançou 1,2%. Nesse período, a agropecuária teve alta de 2,1%, e indústria e serviços, de 1%. Sob a ótica do demanda, os investimentos subiram 2,9%. Nessa base de comparação, o consumo do governo também caiu; o recuo foi de 1,4%.
O consumo das famílias, na comparação com o terceiro trimestre de 2018, cresceu 1,9%. "O resultado positivo (do consumo das famílias) pode ser explicado pelo comportamento dos indicadores de crédito para pessoa física, bem como da expansão da massa salarial real no terceiro trimestre de 2019", afirmou o IBGE.
O acumulado dos últimos quatro trimestres mostra crescimento de 1,0%. O IBGE revisou o PIB do primeiro trimestre deste ano, de recuo 0,1% para zero em relação aos três meses anteriores. No segundo trimestre, o avanço foi revisto de 0,4% para 0,5%.
Essas revisões foram motivadas, principalmente, pela melhora nos números da agropecuária, pela ótica da oferta, e do consumo e investimentos, pela demanda. O resultado da agropecuária foi revisto de queda de 0,1% para alta de 0,9% no primeiro trimestre e de 0,4% para 1,4% no segundo.
O consumo das famílias e os investimentos ganharam 0,2 ponto percentual em cada trimestre. O consumo cresceu 1,5% e 1,8%, respectivamente, nos dois primeiros trimestres do ano, na comparação com os três meses sempre anteriores. Os investimentos avançaram, respectivamente, 1,1% e 5,4%.
O instituto também revisou, para pior, os dados de exportações e importações, devido a mudanças feitas pela Secretaria de Comércio Exterior nos dados do primeiro semestre do ano. O IBGE já informou que deve alterar os números do terceiro trimestre, devido à revisão dos números de setembro já anunciada pelo Ministério da Economia. A maior mudança foi a contribuição das vendas ao exterior, antes positiva em 1% no primeiro trimestre, para -1,6% no mesmo período.
Na comparação anual, o IBGE destacou o avanço de 4,4% na construção e de 4% na indústria extrativa. A indústria de transformação recuou 0,5%,influenciada, principalmente, pela queda na fabricação de celulose, produtos químicos, farmacêuticos e de metalurgia. Nos serviços, nessa comparação, também se destacaram informação e comunicação (4,2%) e comércio (4%), além de atividades imobiliárias (1,9%) e financeiras (1,3%).

Crescimento continua no quarto trimestre, diz Bolsonaro

Após o IBGE anunciar que a economia avançou 0,6% no terceiro trimestre de 2019, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a equipe econômica projeta novo crescimento no quarto trimestre.
Bolsonaro disse que o anúncio dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) veio em "boa hora" e que não foi surpresa para o governo. Mais cedo, o Ministério da Economia afirmou que os dados do PIB mostram que desaceleração "ficou para trás" e que o País está crescendo com "mais vigor".
"Algo que pode ser inesperado para analistas econômicos, mas da nossa parte sabíamos que viria uma boa notícia. E ela veio em uma boa hora. E a minha equipe econômica, a nossa equipe econômica, é de todos vocês, diz que a previsão para o próximo trimestre é crescer. O Brasil está crescendo", afirmou Bolsonaro, durante evento de celebração do combate à corrupção.

Resultado mostra que ajuste fiscal está dando certo, afirma secretário

Resultados do pib

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O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, disse que os dados sobre crescimento econômico divulgados pelo IBGE mostram que a aposta do governo no ajuste das contas públicas está surtindo efeito. "São números importantes, mostram que zelar pela política fiscal, controlar despesas, buscar um equilíbrio nas contas públicas tem um alto retorno para a sociedade: a economia crescendo, tendo uma nova dinâmica, responde-se positivamente naquilo que mais interessa: emprego e renda", disse Rodrigues.