Diante das promoções ofertadas pelas lojas que exibiam a porcentagem dos descontos em painéis na entrada, as pessoas entravam e saíam com mais de uma sacola carregada de itens adquiridos. No shopping Praia de Belas, que estendeu o horário de abertura para 8h e ofereceu isenção de estacionamento durante todo o dia, movimentação e formação de filas ainda eram tímidos assim que o estabelecimento passou a operar.
Chagas foi ao shopping com uma lista já preparada pela mulher com o que comprar. Fotos: Luiza Prado/JC
Aproveitando as ofertas do varejo, o advogado Fabio Chagas chegou às 8h no Praia de Belas. O foco dele era a compra dos brinquedos para o Natal do filho de três anos. "Minha esposa fez toda a pesquisa das promoções", citou o advogado, sobre a ajuda que teve e que facilitou e agilizou a busca dos produtos.
As irmãs Amanda e Stefani Schmitt e a tia Rosane tinham em mente o que buscar por pesquisas feitas para a data. Moradoras do bairro Agronomia, zona leste da Capital, as três chegaram às 6h e entraram pela porta dos fundos da loja Americanas, que estava aberta desde a meia-noite dessa quinta-feira (29).
Dentre os produtos escolhidos pelo trio, estavam roupas, eletrônicos, eletrodomésticos e alimentos. Mais velha das duas, Amanda mostrava satisfação por ter conseguido adquirir um smartphone novo que custava R$ 1.299,00 por R$ 799,00.
Amanda (e), Stefani (c) e Rosane entraram pela porta dos fundos da Americanas para aproveitar as promoções
Desde sua estreia no Brasil há uma década, a Black Friday se consolidou como uma das cinco datas mais importantes para o varejo do país. Em Porto Alegrem, as lojas que possuem acordo coletivo de trabalho, formalizado pela empresa e pelo Sindicato dos Empregados no Comércio de Porto Alegre (Sindec-Poa), com participação do Sindilojas, poderão funcionar até meia-noite respeitando as regras estabelecidas no acordo.
"Agora vamos para casa descansar", avisaram pai e filha, após concluírem as compras em Porto Alegre. Foto: Patrícia Comunello
Do shopping para a rua. O empresário José Alfredo de Oliveira saiu de Guaíba, onde reside, para ajudar a filha, a comerciária Ana Júlia, a carregar as sacolas com produtos comprados. Funcionária da Americanas, Ana Júlia, trabalhou toda a madrugada e depois foi às compras na loja onde trabalha.
Ela comprou microondas, liquidificador e outros itens. "Valeu a pena. Gastei R$ 1,8 mil e, pelo preço normal, a conta sairia de R$ 3 mil a R$ 3,5 mil", compara a jovem. O pai estava desde as 6h na rua. Em Guaíba, ele foi a uma filial da Lojas Lebes comprar cadeiras de praia. Sobre continuar a gastar, a dupla deu uma resposta direta: "Não, agora vamos para casa descansar".