Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 29 de Novembro de 2019 às 03:00

Petrobras corta investimentos em 10% e reforça foco no pré-sal

Empresa petrolífera pretende manter o ritmo de venda de ativos.

Empresa petrolífera pretende manter o ritmo de venda de ativos.


STÉFERSON FARIA/AGÊNCIA PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC
Em seu primeiro plano estratégico no governo Jair Bolsonaro, a Petrobras reduziu em 10% a previsão de investimentos para cinco anos e decidiu focar ainda mais seus recursos na exploração do pré-sal. A empresa pretende manter o ritmo de venda de ativos.
Em seu primeiro plano estratégico no governo Jair Bolsonaro, a Petrobras reduziu em 10% a previsão de investimentos para cinco anos e decidiu focar ainda mais seus recursos na exploração do pré-sal. A empresa pretende manter o ritmo de venda de ativos.
O Plano Estratégico 2020-2024, anunciado nesta quinta-feira (28), traz projeção de investimentos de US$ 75,7 bilhões (cerca de R$ 322 bilhões, na cotação atual), dos quais 85% serão destinados à exploração e produção de petróleo.
O plano anterior falava em US$ 84,1 bilhões (R$ 357 bilhões) para o período entre 2019 e 2023. A Petrobras não explicou as razões para a queda. Durante o ano, porém, a empresa anunciou que não investirá mais em energias renováveis e que venderá metade de sua capacidade de refino.
"Essa alocação (de recursos) está aderente ao nosso posicionamento estratégico, com foco nos ativos de E&P (exploração e produção), especialmente no pré-sal, nos quais a Petrobras tem vantagem competitiva", disse a empresa, em nota divulgada nesta quarta.
O documento considera preços de petróleo mais baixos do que os atuais: US$ 50 (R$ 212) por barril nos próximos cinco anos e US$ 45 (R$ 191) no longo prazo. Na quarta (27), o barril do Brent, negociado em Londres, fechou em US$ 63,01 (R$ 267).
A companhia espera colocar em operação 13 novos sistemas de produção de petróleo -que incluem plataformas e equipamentos submarinos. Em 2024, pretende atingir a produção de 3,5 milhões de barris de óleo equivalente (somado ao gás) por dia, crescimento de 30% com relação à meta de 2019.
Para 2020, a companhia não espera aumento de produção, diante de perdas de volumes com o declínio natural de campos mais antigos e concentração de paradas para manutenção de plataformas durante o ano.
No novo Plano Estratégico, a Petrobras passa a considerar um conceito de "produção comercial", que exclui da conta os volumes de gás que são reinjetados nos poços, consumidos em suas instalações ou queimados.
A produção comercial, portanto, é aquela que a companhia pode vender ao mercado. Em 2019, menos da metade da produção nacional de gás chegou ao mercado. O restante foi reinjetado ou consumido nas instalações da Petrobras. O elevado volume de reinjeção (40,9 dos 118 milhões de metros cúbicos por dia produzidos até setembro), é motivo de preocupação no governo, que trabalha para ampliar a oferta do combustível no País.
No plano divulgado nesta quinta, a Petrobras prevê elevar a oferta de gás natural ao mercado em 33% até 2024, mas os volumes reinjetados ou usados em suas instalações ainda representarão metade da produção total.
O Plano Estratégico da Petrobras prevê a entrada de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões (R$ 85 bilhões a R$ 127 bilhões) com a venda de ativos. O valor está em linha com o previsto no plano de investimentos anterior, que foi divulgado no fim de 2018, ainda no governo Michel Temer.
A venda de ativos e a maior geração de caixa devem reduzir a dívida bruta dos atuais US$ 90 bilhões (R$ 382 bilhões) para US$ 60 bilhões (R$ 255 bilhões) em 2021. A meta do plano é chegar a 2024 com o indicador de dívida líquida sobre Ebitda (indicador de geração de caixa) abaixo de 1,5 vez -era 2,4 vezes no terceiro trimestre.
Com a redução da dívida, a empresa diz que "aumentará a remuneração aos acionistas em linha com a política de dividendos já anunciada". A política prevê a divisão de parte da sobra de caixa com acionistas quando a dívida estiver abaixo de US$ 60 bilhões.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO