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Economia

- Publicada em 25 de Novembro de 2019 às 13:29

Arrecadação federal tem primeira queda real em sete meses, para R$ 135,2 bilhões

Brazilian President Jair Bolsonaro (L) and his Finance Minister Paulo Guedes talk during the inauguration ceremony of Gustavo Montezano as the new president of the National Bank for Economic and Social Development (BNDES) in Brasilia on July 16, 2019. (Photo by EVARISTO SA / AFP)
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Brazilian President Jair Bolsonaro (L) and his Finance Minister Paulo Guedes talk during the inauguration ceremony of Gustavo Montezano as the new president of the National Bank for Economic and Social Development (BNDES) in Brasilia on July 16, 2019. (Photo by EVARISTO SA / AFP) Caption


EVARISTO SA/AFP/JC
O governo federal arrecadou R$ 135,202 bilhões em outubro, o que representa uma queda real de 0,02% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O resultado interrompe o movimento de avanço das receitas observado desde abril.
O governo federal arrecadou R$ 135,202 bilhões em outubro, o que representa uma queda real de 0,02% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O resultado interrompe o movimento de avanço das receitas observado desde abril.
Naquele mês, a arrecadação havia crescido 1,28% em termos reais em relação a um ano antes. Em maio, 1,92%. Em junho, 4,68%. Em julho, 2,95%. Em agosto, 5,67%. E em setembro, 0,06%.
O resultado de outubro veio abaixo do projetado pelo mercado. A mediana das expectativas dos analistas apontava para uma arrecadação de R$ 139,2 bilhões no mês, de acordo com o boletim Prisma Fiscal - com projeções do mercado compiladas pelo Ministério da Economia.
Os números do mês foram sustentados pelo aumento na chamada receita administrada, onde está o recolhimento com impostos e tributações. O avanço foi de 1,47% em termos reais, para R$ 125,169 bilhões.
De acordo com a Receita, houve um maior recolhimento com a tributação sobre o lucro das empresas, o que aponta para melhora nos resultados corporativos. O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) registrou avanço de 3,31%, para R$ 17,168 bilhões. Já a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) cresceu 3,02%, para R$ 8,844 bilhões.
Também houve crescimento em Imposto de Renda da Pessoa Física, com ganhos sobre alienação de bens (avanço de 28,18%, para R$ 450 milhões) e com operações em bolsa (crescimento de 570,75%, para R$ 318 milhões).
O chefe do centro de estudos tributários e aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, afirma que o avanço nos ganhos em bolsa em geral não reflete necessariamente o valor dos ativos, mas sim o volume de operações realizadas no período.
O Fisco afirma ainda que houve um aumento no Imposto de Renda Retido na Fonte sobre o Trabalho, o que seria um reflexo do crescimento dos rendimentos do trabalho assalariado e da aposentadoria dos setores público e privado.
Já a chamada receita não administrada (composta principalmente por royalties de petróleo) foi a grande responsável pela queda nos números totais. Ela teve retração de 15,44% em termos reais, para R$ 10,033 bilhões. O recolhimento nesse caso é impactado por fatores como câmbio, preço do barril e produção nacional de óleo e gás.
Para os técnicos da Receita, os números mostram que o resultado está acompanhando o avanço da economia. "O crescimento das receitas administradas está em linha com o desempenho da atividade econômica. Todos os indicadores explicam o resultado da arrecadação. O que determinou foi o decréscimo verificado nas receitas não administradas", afirmou Malaquias.
No acumulado do ano, o crescimento da arrecadação é de 1,92%, para R$ 1,264 trilhão. Nesse caso, os números são ajudados por uma receita atípica de R$ 13 bilhões oriunda de reorganização societária de empresas. Esse valor é conservador, pois representa apenas os valores identificados pelo Fisco como extraordinários.
O secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, afirmou neste mês que a arrecadação deve fechar o ano em aproximadamente R$ 1,4 trilhão. O número representa um avanço real de 2% em relação a 2018.
Folhapress
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