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Economia

- Publicada em 14 de Novembro de 2019 às 08:00

Bolsas asiáticas fecham mistas, de olho em EUA-China e após indicadores fracos

Agência Estado
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira (14), em meio a dúvidas persistentes sobre o andamento das negociações comerciais entre Washington e Pequim e na esteira de indicadores fracos da China e do Japão que evidenciam o impacto da disputa sino-americana.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira (14), em meio a dúvidas persistentes sobre o andamento das negociações comerciais entre Washington e Pequim e na esteira de indicadores fracos da China e do Japão que evidenciam o impacto da disputa sino-americana.
O diálogo comercial entre Estados Unidos e China atingiu um impasse em função de divergências sobre compras agrícolas, segundo matéria de ontem do The Wall Street Journal que cita fontes com conhecimento do assunto. A notícia vem num momento de incertezas sobre a capacidade dos dois países de fecharem nas próximas semanas a chamada "fase 1" de um acordo comercial, inicialmente anunciada no mês passado.
Ao ser questionado sobre a reportagem do WSJ, no entanto, o principal assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, disse em entrevista à Fox Business que "não se deve prestar atenção a rumores" e que está otimista sobre a perspectiva de um acordo bilateral.
O presidente dos EUA, Donald Trump, por sua vez, afirmou ontem que as discussões com a China "estão avançando bem rápido", mas não se comprometeu com o sucesso da iniciativa. "Vamos ver", comentou durante entrevista coletiva, reiterando que Pequim estaria mais interessada em um pacto do que os americanos.
A prolongada guerra comercial sino-americana continua tendo efeitos negativos nas maiores economias mundiais.
Na China, dados oficiais mostraram que a produção industrial teve expansão anual de 4,7% em outubro, bem menor do que o avanço de 5,2% previsto por analistas. Também decepcionaram as vendas no varejo chinês em outubro e os investimentos em ativos fixos no acumulado dos primeiros dez meses do ano.
Já no Japão, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou crescimento anualizado de apenas 0,2% no terceiro trimestre, após o ganho de 1,8% do trimestre anterior. O consenso de economistas consultados pela provedora de dados Quick era de alta de 0,8% entre julho e setembro.
Apesar da bateria de indicadores fracos, os mercados chineses fecharam em alta hoje, talvez na expectativa de que Pequim volte a reforçar sua política de estímulos econômicos. O índice Xangai Composto subiu 0,16%, a 2.909,87 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,61%, a 1.624,13 pontos.
Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei teve queda de 0,76% em Tóquio, a 23.141,55 pontos, o Hang Seng caiu 0,93% em Hong Kong, a 26.323,69 pontos - ainda pressionado pela recente escalada da violência entre manifestantes e a polícia local -, e o Taiex cedeu 0,15% em Taiwan, a 11.450,42 pontos, mas o sul-coreano Kospi se valorizou 0,79% em Seul, a 2.139,23 pontos.
Investidores da região asiática também continuam atentos à política monetária dos EUA. O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, disse ontem em depoimento ao Congresso em Washington que a trajetória das taxas de juros da instituição provavelmente não mudará enquanto a economia doméstica continuar crescendo.
Na Oceania, a bolsa australiana se recuperou hoje, depois de acumular perdas nos dois pregões anteriores. O S&P/ASX 200 avançou 0,55% em Sydney, a 6.735,10 pontos, após números decepcionantes do mercado de trabalho da Austrália gerarem especulação de que o banco central local poderá voltar a cortar juros. 
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