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Economia

- Publicada em 13 de Novembro de 2019 às 21:48

Taurus tem desempenho positivo até setembro

Prejuízo do terceiro trimestre se deve a despesas operacionais, diz Nuhs

Prejuízo do terceiro trimestre se deve a despesas operacionais, diz Nuhs


/Taurus/Divulgação/JC
Roberta Mello
A fabricante de armas leves Taurus, com sede em São Leopoldo e unidades fabris também nos Estados Unidos, apresentou nessa quarta-feira (13) os resultados das operações ao longo deste ano. No acumulado dos nove primeiros meses de 2019, o Ebidta (receita antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia totalizou R$ 114,8 milhões, com margem bruta acima de 35% - desempenho superior ao registrado no mesmo período de 2018 e considerado um valor recorde para a Taurus.
A fabricante de armas leves Taurus, com sede em São Leopoldo e unidades fabris também nos Estados Unidos, apresentou nessa quarta-feira (13) os resultados das operações ao longo deste ano. No acumulado dos nove primeiros meses de 2019, o Ebidta (receita antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia totalizou R$ 114,8 milhões, com margem bruta acima de 35% - desempenho superior ao registrado no mesmo período de 2018 e considerado um valor recorde para a Taurus.
Entre janeiro e setembro, a companhia obteve receita líquida acumulada de R$ 727,4 milhões. Os resultados já totalizam 86% da receita e praticamente igualam (99%) o Ebitda ajustado dos 12 meses do exercício anterior, dando claros sinais de que o resultado anual irá superar em muito os obtidos em períodos anteriores. A margem bruta - índice que mede o desempenho operacional da companhia, também está muito acima da média do segmento em todo o mundo, avalia o presidente da Taurus, Salesio Nuhs.
O lucro líquido, no entanto, não está em um nível tão satisfatório. No acumulado do ano, o valor é positivo - R$ 21,3 milhões. Porém, no terceiro trimestre, a empresa acumula prejuízo de R$ 26,4 milhões. "Isso se deve às despesas operacionais, principalmente em marketing e vendas, feitas com objetivo de ampliar as vendas no mercado norte-americano driblando a estabilidade geral no setor e a fim de conquistar novos mercados. No acumulado do ano, no entanto, há lucro líquido", explicou Nuhs.
Mesmo confiantes no crescimento do mercado consumidor brasileiro com as mudanças no porte e posse de armas e a identificação do governo Jair Bolsonaro com o setor, Nuhs ressalta que os reflexos dessas mudanças devem se manifestar apenas no balanço do quarto trimestre. Além disso, o mercado norte-americano deve continuar sendo o mais importante para a marca.
Atualmente, aproximadamente 80% das vendas da Taurus ocorrem dentro dos Estados Unidos. "Para qualquer fábrica de arma no mundo com atuação global, o mercado norte-americano representa entre 60% e 70%. Nós dependemos mais do que gostaríamos e temos buscado fechar novos negócios para dinamizar as vendas, sem perder o volume de negócios fechados nos Estados Unidos, é claro", diz Nuhs.
Entre os principais clientes em prospecção estão países do Oriente Médio, a África do Sul e aqueles próximos à Índia, país no qual a Taurus pretende, inclusive, instalar uma nova fábrica de armas. O estudo para criação de uma joint venture no território indiano já está bastante avançado e deve ser concluído ainda em dezembro. Se sair do papel, a Índia será o terceiro país com unidade produtiva da companhia.
Dona das marcas Taurus, Rossi e Heritage, a companhia inaugura uma nova fábrica na Geórgia em 5 de dezembro com o objetivo de duplicar a produção nos Estados Unidos. Na planta localizada em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, estão previstos investimentos apenas para melhoria operacional e redução de custos. A unidade opera dentro da sua capacidade máxima de produção - 4 mil armas por dia, e não deve passar por processo de aumento da produção no ano que vem.
A divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2019 coincide com o aniversário de 80 anos da companhia gaúcha, fundada em novembro de 1939.
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