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Economia

- Publicada em 13 de Novembro de 2019 às 21:45

Brasil busca área de livre comércio com a China

Xi Jinping (ao fundo) se encontrou com Paulo Guedes em Brasília

Xi Jinping (ao fundo) se encontrou com Paulo Guedes em Brasília


/RENATO COSTA/FRAMEPHOTO/FOLHAPRESS/JC
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira, que o governo negocia a criação de uma área de livre comércio entre Brasil e China. Guedes defendeu que a integração entre os dois países seja feita mesmo que o Brasil perca a atual posição superavitária no saldo comercial com os chineses.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira, que o governo negocia a criação de uma área de livre comércio entre Brasil e China. Guedes defendeu que a integração entre os dois países seja feita mesmo que o Brasil perca a atual posição superavitária no saldo comercial com os chineses.
"Estamos conversando com a China sobre a possibilidade de criarmos o free trade area também com a China, ao mesmo tempo que falamos em entrar na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, entidade que reúne países que atuam com economia de mercado)", disse o ministro em seminário do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, em Brasília. Guedes participou de encontro com o presidente da República Popular da China, Xi Jinping.
O ministro ouviu do governo chinês que não haveria problema se o Brasil vendesse ainda mais para o país asiático. O ministro ressaltou que eventual movimento contrário, em que os brasileiros reduzissem o saldo comercial, também seria positivo para o Brasil. "Eu não me incomodo se, em uma situação de superávit (do Brasil hoje) com a China, nós nos equilibrarmos ali à frente, aumentando as exportações em 50% e as importações dobrando ou mesmo triplicando. O que nós queremos é mais integração ainda", afirmou.
Hoje, a China é o país que mais importa do Brasil, considerando o valor dos produtos, segundo dados do Ministério da Economia. No ano passado, o saldo comercial entre os dois países ficou positivo para o Brasil em US$ 29 bilhões. Em 2018, mais de um quarto da exportação brasileira foi direcionada para os chineses. Quase 90% do total é de produtos básicos, enquanto os semimanufaturados respondem por 8% e os manufaturados, 2%.
As vendas de soja, petróleo e minério de ferro respondem por 79% do total exportado pelos brasileiros aos chineses. No sentido oposto, 98% dos produtos que o Brasil compra da China são manufaturados. Outros 2% são de produtos básicos. No seminário, Guedes afirmou que o Brasil ficou isolado por 40 anos e que o país ainda tem uma das economias mais fechadas do mundo. Segundo ele, o governo tenta reverter esse cenário. "Queremos nos integrar, perdemos tempo demais, temos pressa. Nós vamos fazer 40 anos em quatro", disse.
Após a palestra, Guedes disse a jornalistas que o objetivo do Brasil é aumentar a integração global e disse que as turbulências na América Latina são, em parte, ligadas à falta de abertura comercial na região. O ministro destacou que há 3,7 bilhões de pessoas melhorando o padrão de vida no Oriente, enquanto Ocidente ficou para trás. "Está todo mundo subindo o padrão de vida, melhorando muito. Aquela metade de lá sobe sem parar o padrão de vida. Enquanto isso, a metade de cá, América Latina, fez ao contrário. Nosso padrão de vida está piorando, movimento, agitação, reclamação, cai presidente, ditadura, está uma confusão danada aqui na América do Sul", disse o ministro.
 
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