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Economia

- Publicada em 14 de Novembro de 2019 às 03:00

Brancos têm renda 74% superior à de pretos e pardos

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que trabalhadores brancos possuem renda 74% superior, em média, em relação a pretos e pardos, diferença que se manteve praticamente estável ao longo dos últimos anos. De acordo com o estudo Desigualdades sociais por cor ou raça, divulgado nesta quarta-feira (13), pretos e pardos, que representam 56% da população brasileira, estão em desvantagem no mercado de trabalho, apresentam os piores indicadores de renda, condições de moradia, escolaridade, acesso a bens e serviços, além de estarem mais sujeitos à violência e terem baixa representação em cargos de gerência.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que trabalhadores brancos possuem renda 74% superior, em média, em relação a pretos e pardos, diferença que se manteve praticamente estável ao longo dos últimos anos. De acordo com o estudo Desigualdades sociais por cor ou raça, divulgado nesta quarta-feira (13), pretos e pardos, que representam 56% da população brasileira, estão em desvantagem no mercado de trabalho, apresentam os piores indicadores de renda, condições de moradia, escolaridade, acesso a bens e serviços, além de estarem mais sujeitos à violência e terem baixa representação em cargos de gerência.
A renda média mensal do brasileiro branco, seja ele trabalhador formal ou informal, é de R$ 2.796,00. Entre os pretos e pardos, é de R$ 1.608,00, segundo dados de 2018. Proporcionalmente, para cada R$ 1.000,00 pago a uma pessoa branca, paga-se R$ 575,00 para um trabalhador preto ou pardo.
"Tal diferença relativa corresponde a um padrão que se repete, ano a ano, na série histórica disponível", afirma o IBGE. O estudo considera dados de 2012 a 2018.
Os homens brancos estão no topo da pirâmide dos maiores rendimentos. Para cada R$ 1.000 recebidos por esse grupo, são pagos R$ 758,00 para mulheres brancas, R$ 561,00 para homens pretos ou pardos e R$ 444,00 para mulheres pretas ou pardas.
O diferencial de salário por cor ou raça é maior do que o por sexo. Isso é explicado, segundo o instituto, por fatores como segregação ocupacional, oportunidades educacionais e remunerações inferiores em ocupações semelhantes.
Essa diferenciação se mostra ainda na ocupação de cargos gerenciais: quase 70% das vagas para brancos e menos de 30% para pretos ou pardos.
Outro indicador do mercado de trabalho mostra que, apesar de representarem mais da metade da força de trabalho (55%), pretos e pardos são praticamente dois terços (66%) dos desocupados e dos subutilizados. A taxa de desocupação também é maior entre eles (14,1%) do que entre os brancos (9,5%).
Quase metade dos pretos e pardos (47%) estavam na informalidade no ano passado. Entre os brancos a taxa é de 35%.
Na divisão entre os mais ricos e mais pobres, o IBGE mostra que, de cada quatro pessoas no grupo dos 10% com menores rendimentos, três são pretas ou pardas e uma é branca. Entre os 10% mais ricos, a proporção praticamente se inverte.
Quando se busca a população entre as faixas de ganho mais baixas, se constata que o percentual de pretos e pardos abaixo da linha da pobreza é mais que o dobro dos brancos, considerando medidas adotadas pelo Banco Mundial. Conforme se caminha para a extrema pobreza, a diferença se amplia ainda mais.
"Indicadores de rendimento confirmaram que a desigualdade se mantém independentemente do nível de instrução das pessoas ocupadas. Tais resultados são influenciados pela forma de inserção das pessoas de cor ou raça preta ou parda no mercado de trabalho, qual seja: ocupam postos de menor remuneração e são menos representadas nos cargos gerenciais, sobretudo os de mais altos níveis", diz o instituto.
As diferenças também se refletem no acesso a bens, desde telefones, internet e computadores, até utensílios como máquina de lavar. O celular está presente em 82,9% da população branca e 74,6% da preta ou parda. Na lava-roupa os percentuais são de 79% e 55,2%, respectivamente.
 
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