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Economia

- Publicada em 11 de Novembro de 2019 às 17:45

Maior provisão para créditos de liquidação duvidosa afeta resultado do Banrisul no 3º trimestre

Desempenho do terceiro trimestre acabou frustrando expectativas do mercado

Desempenho do terceiro trimestre acabou frustrando expectativas do mercado


CLAITON DORNELLES/JC
Patrícia Comunello
O resultado do terceiro trimestre de 2019 do Banrisul foi afetado pelas chamadas de provisões para créditos de liquidação duvidosa. Com isso, o lucro líquido ajustado ficou em R$ 290,2 milhões, com alta de 15,2% frente ao mesmo trimestre de 2018 e queda de 4,5% em relação ao segundo trimestre deste ano. O banco apontou em sua análise que o aumento das provisões, que está ligado ao maior volume de operações de crédito, influenciou o resultado. 
O resultado do terceiro trimestre de 2019 do Banrisul foi afetado pelas chamadas de provisões para créditos de liquidação duvidosa. Com isso, o lucro líquido ajustado ficou em R$ 290,2 milhões, com alta de 15,2% frente ao mesmo trimestre de 2018 e queda de 4,5% em relação ao segundo trimestre deste ano. O banco apontou em sua análise que o aumento das provisões, que está ligado ao maior volume de operações de crédito, influenciou o resultado. 
Tudo indica que o mercado reagiu aos números. O pregão na B3, bolsa de valores de São Paulo, terminou com queda do papel do banco mais negociado. A ação preferencial BRSR6 fechou a sessão em R$ 21,58, com queda de 1,78% frente ao fechamento de sexta-feira (8).  
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Segundo analistas ouvidos pelo Jornal do Comércio, o volume acabou vindo acima do que o mercado esperava, enquanto os maiores bancos de varejo mostraram estabilidade. Este foi o primeiro balanço da atuação da nova gestão na instituição, sob a presidência de Claudio Coutinho.
A despesa com a Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa somou R$ 349 milhões no terceiro trimestre, 18,6% acima do segundo trimestre. No ano, a provisão chega já a R$ 928,8 milhões, 12% acima dos nove primeiros meses de 2018. O analista-chefe da Geral Asset, Carlos Müller, indica que as perdas vieram um pouco acima do que se esperava. "Esses dados indicam a percepção de que pode ocorrer perdas e está em linha com uma maior operação de crédito e maior inadimplência", associa Müller.
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Müller observa que os resultados estão em linha com mais operações de crédito e leve alta da inadimplência. Foto: Luiza Prado/JC 
Mesmo assim, o analista-chefe da Geral lembra que a inadimplência para 90 dias, mesmo um pouco maior - ficou em 2,84% ante 2,2% do segundo trimestre -, está abaixo da média dos maiores players, entre privados e públicos, que gira em torno de 3% e 3,1%. "Se a inadimplência do Banrisul fosse muito maior, aí sim indicaria maior risco das operações", completa Müller. "O banco gaúcho começou a expandir a carteira de crédito, elevando a inadimplência", arremata.
Fatores aliados à conjuntura econômica também afetam o volume da demanda por crédito. Por exemplo, o crédito de longo prazo, que está ligado a investimentos das empresas, registra queda de 25,7% em relação ao terceiro trimestre de 2018 e de 10,3% frente ao segundo trimestre do ano. "Isso vai melhorar quando a economia estiver melhor. Agora os critérios para conceder linhas também ficam mais rigorosos".
Como o Banrisul vinha apresentando trimestres seguidos com melhores números, os dados do último período não geram tanta apreensão. Para Müller, trata-se de um "movimento mais pontual". "Os resultados vinham bem consistentes. O último trimestre veio um pouco fora da curva, mas operacionalmente o banco vai bem. Acredito que este comportamento seja pontual. Vamos esperar o quarto trimestre para ter uma visão mais clara", conclui o analista-chefe da Geral Asset.
A expectativa de fechamento do ano na carteira de crédito veio com ajustes no balanço. O guidance para a tomada de recursos por pessoas jurídicas caiu de 1% a 5% de crescimento, para queda de 2% a avanço de 2%. No crédito imobiliário, a projeção de elevação de 4% a 8% recuou de 0% a 4%. Nos demais indicadores, incluindo a DPC, forma mantidos inalterados os percentuais para o fechamento de 2019.
Laís Martins Fracasso, economista e analista da Fundamenta Investimentos, reforça que o resultado do banco veio "um pouco abaixo do consenso do mercado". O desempenho ficou entre 5% a 7% inferior ao que era projetado para o lucro líquido recorrente, diz Laís, citando que o índice de rentabilidade ajustado (ROAE Ajustado), que indica o retorno sobre o patrimônio, ficou abaixo do que estava sendo registrado nos trimestres anteriores. Ficou em 16,2%, ante 17,3% do mesmo trimestre de 2018, 18,7% do primeiro trimestre do ano e 17,5% do segundo trimestre. "Este dado mostra que foi um resultado mais fraco", assinalou a economista.
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Laís alerta para crescimento das provisões para cobrar créditos de liquidação duvidosa
Laís segue o colega da Geral Asset ao avaliar as Provisões para Operações de Crédito de Liquidação Duvidosa devido à maior despesa na área. Para ela, a pior parte do resultado foi o aumento de 13,8% nas provisões no terceiro trimestre frente ao mesmo período de 2018, o que indica "piora na qualidade da carteira de crédito". As provisões seguem regras estabelecidas pelo Banco Central que indicam se um crédito tem qualidade pior. Nestes casos, deve ser feita provisão de perda que é uma despesa, no balanço. "Isso indica que teria mais probabilidade de inadimplência", esclarece a economista, sobre o procedimento orientado pelo BC.
De janeiro a setembro, o lucro ajustado somou R$ 917,5 milhões, com alta de 15,2% em relação aos nove primeiros meses de 2018. No terceiro trimestre, o banco registrou elevação de receitas com tarifas e serviços, de 6,2% frente ao mesmo trimestre do ano passado e de 3,7% em relação ao segundo trimestre. O patrimônio líquido atingiu R$ 7,7 bilhões em setembro de 2019, 6,7% ou R$ 483 milhões acima da posição de setembro de 2018. Os ativos totais ficaram em R$ 80,6 bilhões, alta de 6,3%.       
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