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Economia

- Publicada em 04 de Novembro de 2019 às 18:59

Dólar mais forte e recalibragem com cessão onerosa levam câmbio a R$ 4,01

Após sucessivas máximas próximas ao fechamento, o dólar terminou o dia em R$ 4,0112

Após sucessivas máximas próximas ao fechamento, o dólar terminou o dia em R$ 4,0112


MARK WILSON/AFP/JC
Agência Estado
Após uma manhã sem sinal definido, o dólar se firmou em alta nesta segunda-feira (4), tendo renovado sucessivas máximas no fim da tarde. Paralelamente a um movimento de maior resistência da divisa americana ante emergentes durante a tarde, houve internamente uma calibragem nas expectativas com a entrada de recursos com o leilão do excedente da cessão onerosa, marcado para quarta-feira e que, desde a semana passada, tem pressionado para baixo a moeda americana. Além disso, pesa também sobre o real uma cautela com a divulgação da ata do Copom, nesta terça pela manhã.
Após uma manhã sem sinal definido, o dólar se firmou em alta nesta segunda-feira (4), tendo renovado sucessivas máximas no fim da tarde. Paralelamente a um movimento de maior resistência da divisa americana ante emergentes durante a tarde, houve internamente uma calibragem nas expectativas com a entrada de recursos com o leilão do excedente da cessão onerosa, marcado para quarta-feira e que, desde a semana passada, tem pressionado para baixo a moeda americana. Além disso, pesa também sobre o real uma cautela com a divulgação da ata do Copom, nesta terça pela manhã.
Após sucessivas máximas próximas ao fechamento, o dólar terminou o dia cotado em R$ 4,0112, em alta de 0,41%. No pico, chegou aos R$ 4,0152, bem distante da mínima atingida pela manhã, quando tocou os R$ 3,97.
Depois de uma semana de intensa expectativa com uma entrada massiva de recursos com o leilão de campos de petróleo marcado para essa quarta-feira, os investidores reavaliaram suas posições. Pesou para isso noticiário de que alguns campos podem apresentar mais riscos e não atraírem compradores.
Mais cedo, o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, afirmou que o megaleilão é um "projeto único no mundo" e que pode atrair poucos atores, que devem preferir se reunir em consórcios para dividir custos e riscos. Além disso, Oddone pontuou que as áreas de Atapu e Sépia, que não devem contar com interesse da Petrobras, são áreas de maior risco, o que pode afetar o apetite dos investidores. Além disso, uma ação popular impetrada na Justiça Federal de São Paulo por associações de petroleiros tenta impedir o leilão.
"O mercado vem bastante otimista com esse leilão, mas o negócio começou a dar alguma patinada. Acho que não está descartado o otimismo, mas esse noticiário ajudou a limitar o viés positivo do real no curtíssimo prazo", disse o operador da Hcommcor corretora, Cleber Alessie.
Para ele, o mercado vive uma "ressaca" do bom humor na semana passada e trabalha cauteloso não só ante os resultados do leilão, mas também na iminência da divulgação da ata do Copom, o que deve ajudar os investidores a interpretar melhor os próximos passos da política monetária pelo Banco Central. Além disso, aponta, o mercado quer ver o que de fato será apresentado pela equipe econômica em termos de pacote para reformas nos gastos públicos.
"Vejo com bons olhos o mercado cauteloso. É perigoso esperar um pacote lindo e um baita fluxo com o leilão. Os ativos estão em níveis animadores, mas o mercado não quer se antecipar", disse.
O operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello, destaca que o movimento de alta do dólar frente o real segue o observado também em outros emergentes. Após dias de maior apetite ao risco, o que favoreceu as divisas emergentes, o dólar teve um dia de maior força lá fora. No fim da tarde, tinha alta frente à maior parte dos emergentes. Ante uma cesta de moedas fortes, medidas pelo índice DXY, renovava máximas próximo às 17h e subia 0,34%.
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