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Economia

- Publicada em 28 de Outubro de 2019 às 11:35

Dono da Havan planeja entrada no futebol com arena de R$ 15 milhões

Clube foi campeão da Série D do Campeonato Brasileiro neste ano

Clube foi campeão da Série D do Campeonato Brasileiro neste ano


Reprodução/Twitter/JC
Uma arena moderna para 15 mil pessoas construída em seis meses com custo inicial de R$ 15 milhões. Esta é a promessa do empresário Luciano Hang ao Brusque FC, clube que foi campeão da Série D do Campeonato Brasileiro neste ano.
Uma arena moderna para 15 mil pessoas construída em seis meses com custo inicial de R$ 15 milhões. Esta é a promessa do empresário Luciano Hang ao Brusque FC, clube que foi campeão da Série D do Campeonato Brasileiro neste ano.
Conhecido pelo apoio ao presidente Jair Bolsonaro, o dono da empresa Havan se movimenta até para transformar a agremiação catarinense em clube-empresa e então controlá-la.
A Havan tem sede em Brusque, cidade catarinense localizada a cerca de cem quilômetros de Florianópolis, e é a principal patrocinadora do time da cidade. Hang é amigo pessoal do presidente do clube, Danilo Rezini, que revela a vontade de ambas as partes de passar o controle do clube à rede de lojas.
"Queremos que a Havan toque isso [clube-empresa]. Sem ela, o Brusque não teria a mínima condição de estar em ação", afirmou Rezini, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.
De modo geral, há dois planos separados. Um é a construção do estádio em terreno cedido em comodato pela Prefeitura Municipal de Brusque. O outro é a transformação em clube-empresa. O "Brusque S/A" ainda está apenas nas conversas entre time e patrocinadora, enquanto a arena está mais perto de virar realidade -ainda que dependa de trâmites junto ao poder público.
As iniciativas são fruto de uma relação quase sanguínea entre Brusque FC e Havan. "Nós queríamos que o Luciano Hang deixasse um dos filhos dele como presidente do clube, mas ele diz não querer. São apenas detalhes, mas, se ele tomar a frente, a possibilidade de sucesso do clube é até maior", aposta o presidente.
O projeto do estádio é no mínimo ambicioso. Seriam apenas R$ 15 milhões gastos em um complexo esportivo, valor baixo se comparado ao custo médio de arenas inauguradas recentemente -a Arena Corinthians custou mais de R$ 1 bilhão, enquanto o palmeirense Allianz Parque saiu por R$ 300 milhões, por exemplo.
Ainda assim, Luciano Hang promete construir dois campos de treinamento e um estádio com capacidade para 15 mil pessoas em seis meses de obras. "A empresa construiria o estádio para o clube, com investimento sem dinheiro público. Não quero dizer uma doação, mas o estádio em seguida seria entregue ao Brusque FC para nós usarmos", projeta Rezini.
Seja como for, o projeto avança com lentidão. A data prometida para o início das obras era agosto deste ano, mas já houve atraso "por burocracias", de acordo com os envolvidos. Por enquanto sem estádio, o Brusque ainda não sabe onde mandará seus jogos no Campeonato Catarinense de 2020.
Procurado pela reportagem, o dono da Havan não retornou os contatos até a publicação deste texto.
Na última semana, Hang foi convocado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga impactos das notícias falsas na democracia - a CPMI das Fake News. Ele é obrigado a comparecer no Congresso.
Em 2018, o empresário fez um vídeo com ameaça velada a funcionários que anulassem seus votos nas eleições. Neste ano, já foi multado duas vezes pelo TSE: uma por impulsionar vídeo político no Facebook e outra por gravar apoio dentro de uma de suas lojas. Ele ainda foi processado em R$ 100 milhões pelo Ministério Público do Trabalho de Santa Catarina.
Folhapress
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