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Economia

- Publicada em 24 de Outubro de 2019 às 12:03

Ibovespa mantém faixa dos 107 mil pontos

Agência Estado
Após iniciar o dia em alta, o Ibovespa passou a operar no campo negativo, puxado sobretudo por Petrobras e Vale, além da piora das principais bolsas de Nova Iorque. Apesar disso, o índice ainda mantém pontuação na faixa dos 107 mil pontos. Às 12h, a bolsa apresenta queda de -0,16%, aos 107.370 pontos.
Após iniciar o dia em alta, o Ibovespa passou a operar no campo negativo, puxado sobretudo por Petrobras e Vale, além da piora das principais bolsas de Nova Iorque. Apesar disso, o índice ainda mantém pontuação na faixa dos 107 mil pontos. Às 12h, a bolsa apresenta queda de -0,16%, aos 107.370 pontos.
Depois de ceder aquém de R$ 4,00, a moeda norte-americana ante o real volta a ficar acima desse valor. Os juros futuros seguem em baixa desde a abertura. Em Nova Iorque, os sinais dos índices acionários futuros estão mistos.
A despeito do recuo, o quadro continua positivo na cena doméstica, lembrando que o Ibovespa caiu por dois dias seguidos, atingindo níveis recordes. Na quarta (23) subiu 0,15%, aos 107.543,59 pontos, em nova marca inédita, e analistas já esperavam uma realização.
O governo continua comemorando a aprovação da reforma da Previdência, seguindo na esperança de avançar mais na agenda reformista, mas sugerindo cautela.
Pouco antes do fechamento deste texto, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Da Costa, afirmou que está confiante no Congresso em relação à reforma tributária e que ela "virá em breve". "É melhor esperar um pouco e ter uma reforma tributária mais sólida", disse.
Além do recuo das ações de Vale ON (-0,47%) e da estatal tanto ON (-0,92%) quanto PN (-0,55%), os papéis da CSN reagem em baixa diante do resultado do terceiro trimestre aquém do esperado, cedendo 5,21%. A empresa registrou um prejuízo líquido de R$ 871 milhões no período, contrariando as expectativas.
Após a conclusão da reforma da Previdência, que garante uma economia fiscal total estimada pelo governo em R$ 1,070 trilhão em dez anos, "a grande expectativa é pelos balanços aqui e lá fora", cita Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença DTVM.
Depois da valorização expressiva nos últimos dias, os ativos tendem a uma acomodação, à espera de novas indicações sobre os próximos passos da agenda econômica, diz em nota o economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria Integrada. De todo modo, completa, a melhora de humor se mostra consistente, favorecida também pela menor aversão global ao risco.
Lá fora, os investidores acompanham a temporada de balanços e as decisões de política monetária. Conforme Silvio Campos Neto, embora os resultados das empresas estejam mistos, há o predomínio de ganhos acima do esperado, o que alivia parte das tensões com a perda de ritmo econômico.
De acordo com o Bradesco, nesse contexto de incertezas, com menor crescimento global e inflação controlada, diversos bancos centrais têm mantido sua postura acomodatícia.
Hoje foi a vez do Banco Central Europeu (BCE), que manteve, como o esperado, sua política monetária, após a última reunião sob o comando do italiano Mario Draghi, que será sucedido na presidência da instituição por Christine Lagarde em 1 de novembro. Também confirmou que retomará seu programa de relaxamento quantitativo (QE, pela sigla em inglês), através do qual comprará, mensalmente, 20 bilhões de euros em ativos a partir de 1º novembro.
Hoje, também o banco central turco e indonésio reduziram suas taxas, de 16,50% para 14,00%, e de 5,25% para 5,00%, respectivamente. Ontem, o BC chileno diminuiu o juro em 0,25 ponto porcentual, para 1,75% ao ano.
Quanto aos balanços da Vale e da Petrobras, as estimativas de analistas são positivas, após os relatórios de produção das duas companhias. No caso da mineradora, a projeção é de lucro líquido de US$ 2,2 bilhões no terceiro trimestre do ano, o que representaria alta de 65% ante igual período de 2018. Em relação ao desempenho da estatal, a atenção vai recair sobretudo à dívida líquida/Ebitda, que já deve demonstrar melhora com a política de venda de ativos, conforme especialistas.
Monteiro, da Renascença, acrescenta que o investidor ainda deve acompanhar o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. Ainda que o assunto não tenha força para afetar diretamente o mercado doméstico hoje, ele avalia que a depender da decisão, o debate jurídico pode atrapalhar a imagem do Brasil pelos investidores externos, que já estão cautelosos em relação ao País.
Após a leitura de quatro votos, a expectativa é em torno do entendimento da ministra Rosa Weber, que deve sinalizar o rumo das discussões. Próxima a votar, Rosa já se posicionou contra a execução provisória, mas tem seguido a atual jurisprudência do Supremo, que admite a medida, considerada uma das bandeiras da Lava Jato.
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