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Economia

- Publicada em 16 de Outubro de 2019 às 21:45

Futuro do sistema bancário é tema de debate na Federasul

Encontro contou com Banrisul, BRDE, Badesul, Sicredi e Agibank

Encontro contou com Banrisul, BRDE, Badesul, Sicredi e Agibank


ROSI BONINSEGNA/DIVULGAÇÃO/JC
Carlos Villela
A digitalização das operações bancárias, que já estão mudando a função e as estruturas das agências físicas, foi o tema do Tá Na Mesa da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). O evento tinha como convidados o presidente do Banrisul Cláudio Coutinho, a presidente do Badesul Jeanette Lontra, o presidente da Agibank Marciano Testa, o vice-presidente do BRDE Luiz Corrêa Noronha e o diretor-executivo do Sicredi João Francisco Tavares.
A digitalização das operações bancárias, que já estão mudando a função e as estruturas das agências físicas, foi o tema do Tá Na Mesa da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). O evento tinha como convidados o presidente do Banrisul Cláudio Coutinho, a presidente do Badesul Jeanette Lontra, o presidente da Agibank Marciano Testa, o vice-presidente do BRDE Luiz Corrêa Noronha e o diretor-executivo do Sicredi João Francisco Tavares.
O presidente do Banrisul percebe que substituir a centralização de serviços unicamente em agências físicas por métodos digitais é o futuro não só do banco público gaúcho, mas dos bancos em geral. Ele assinala que 53% das transações do primeiro semestre deste ano feitas pelo Banrisul aconteceram online. "Um dos objetivos da agência é até ensinar o consumidor a usar os aplicativos digitais, para tornar a pessoa livre de ter que ir lá para pagar uma conta de luz", explica Coutinho.
De acordo com Tavares, do Sicredi, a economia brasileira está se recuperando do interior para a capital liderado pelo agronegócio, e isso beneficia diretamente a cooperativa de crédito, que tem uma atuação intensa em cidades pequenas. A carteira de crédito do banco, por exemplo, cresceu 32%, em relação a 5% do resto do mercado. Por isso, é importante que se realize "investimentos em cidades que não tem infraestrutura de tecnologia de intercomunicação". Segundo Tavares, levar internet e fibra óptica para pontos sem acesso são atitudes necessárias para essa nova fase das relações financeiro-econômicas.
Tavares alerta, entretanto, ao risco do analfabetismo digital. "A gente vai ter que investir um pouco nisso para que essas pessoas façam negócios e gerem riqueza para suas comunidades, se não vai haver uma marginalização dessas pequenas comunidades se não houver um investimento em infraestrutura de dados. É um papel nosso", afirma.
Além da digitalização dos serviços, outro caminho que o sistema bancário tende a seguir é o open banking, conceito que envolve maior transparência para correntistas através do uso de Interface de Programação de Aplicações (APIs, na sigla em inglês), que permite a integração de dados bancários e aumenta a liberdade dos clientes em fazer transações sem depender exclusivamente do aplicativo do seu banco, por exemplo. Essa é a visão de Testa, da Agibank, o único dos painelistas que preside um banco que já teve início em formato digital.
"Imaginem a magnitude dessa norma onde bancos podem operar na infraestrutura de outro banco", questionou Tavares. "Quando eu penso em 5 a 10 anos, eu vejo um modelo de banco transparente. O cliente poderia ter a conta corrente dele nas Lojas Renner, fazendo a transação na Renner, e a estrutura estando no Sicredi. Isso já aconteceu na Inglaterra, que tem um model que baseia o nosso", explica.
Carlos Villela
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