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Economia

- Publicada em 10 de Outubro de 2019 às 14:07

Enem 2019 tem custo estimado de R$ 537,6 milhões

Custo total por aluno é inferior ao ano anterior

Custo total por aluno é inferior ao ano anterior


ROVENA ROSA/Agência Brasil/JC
O Enem 2019, primeiro realizado pela gestão Jair Bolsonaro (PSL), terá um custo total estimado de R$ 537,6 milhões. O exame será realizado nos dias 3 e 10 de novembro em várias localidades do país.
O Enem 2019, primeiro realizado pela gestão Jair Bolsonaro (PSL), terá um custo total estimado de R$ 537,6 milhões. O exame será realizado nos dias 3 e 10 de novembro em várias localidades do país.
 
O custo total por aluno está estimado em R$ 105,52, valor inferior ao gasto executado no ano anterior, de R$ 106,13, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (10) pela equipe do ministro da Educação, Abraham Weintraub. No ano passado, entretanto, o MEC (Ministério da Educação) havia divulgado, também antes da realização do exame, que o custo por aluno seria de R$ 84,66.
 
De acordo com o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Alexandre Lopes, o cálculo anterior não levava em conta todos os custos envolvidos na aplicação. Órgão ligado ao MEC, o Inep é responsável por avaliações como o Enem.
 
Os valores deste ano ainda podem mudar, porque dependem do volume de participação dos inscritos e de possíveis reaplicações no caso de problemas localizados, como falta de energia. Já o valor de 2018 é o consolidado - no ano passado, o custo total foi de R$ 589,8 milhões.
 
A edição deste ano recebeu 5,1 milhão de inscritos. Desse total, 2,1 milhões pagaram taxa de inscrição, que gerou uma arrecadação de R$ 179 milhões.
 
O Enem é a porta de entrada para praticamente todas as universidades federais do país. É também usado para a seleção de parte das vagas em instituições estaduais, como a USP.
 
A realização do Enem 2019 esteve comprometida no início da gestão Bolsonaro. No início de abril, surgiu a informação de que a gráfica que imprimia a prova desde 2009 anunciou falência. O governo contratou a segunda colocada na última licitação.
 
O MEC ainda passou por disputas ideológicas internas, que valeram até a troca de ministro, com a saída de Ricardo Vélez Rodriguez e a chegada de Weintraub, em abril. O próprio Inep já está no terceiro presidente neste ano, e a diretoria de Avaliação da Educação Básica do Inep, responsável pelo Enem, ficou um período de quase cinco meses sem titular.
 
A prova envolve um grande desafio logístico, com aplicação prevista neste ano em 1.712 municípios. São quase 400 mil profissionais envolvidos em todo o processo. São impressas 10,3 milhões de provas.
Weintraub convocou nesta quinta uma entrevista coletiva em Brasília para anunciar que todas as provas foram impressas. Metade dos cadernos já começou a ser transportada.
 
"A primeira dúvida maior que foi levantada lá atrás [sobre a gráfica], ela está totalmente dirimida", disse Weintraub. "Está tudo impresso".
 
O ministro fez críticas à imprensa por reportagens colocarem em dúvida a capacidade da gestão de realizar as obrigações para aplicação do exame. Ele ainda ressaltou que a finalização dessa etapa de impressão é uma informação que traz segurança para o inscrito.
 
As provas somam 4,2 toneladas de papéis, que têm sido transportadas em aviões, carretas e barcos para os municípios. A primeira remessa de carga saiu no dia 3 de outubro para lugares mais distantes.
Folhapress
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